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Os melhores circuitos para andar e pedalar no Centro de Portugal

Com vontade de aliar desporto, tranquilidade e natureza nestas férias? Da serra ao mar, da aldeia à cidade, prepare-se para a aventura mais bonita da sua vida.

De sapatilhas calçadas ou a pedalar na bicicleta, o Centro de Portugal tem tudo o que pode desejar - e ainda mais - para umas férias boas para o espírito e o corpo. Na região multiplicam-se circuitos, ecovias, passadiços, ciclovias e trilhos ideais para BTT.

Contas feitas, são centenas os percursos pedestres e outras tantas de trilhos a serem feitos com a sua fiel companheira: a bicicleta. Todos permitem um turismo sustentável e em verdadeira comunhão com a natureza. Além disso, os serviços e equipamentos de apoio estão espalhados um pouco por todos os cantos do coração do país.

Só no Centro de Portugal encontram-se 30 centros BTT com tudo incluído: balneários, estações de serviço para bicicletas self-service, zona de lavagens, centros de estágio com estadia e espaços de formação para workshops. Consulte as plataformas Portuguese Trails e Clyclin"Portugal e comece já a planear a sua aventura de BTT.

Neste artigo, damos-lhe algumas sugestões de ótimas rotas para pôr o descanso e a atividade física em dia. Porém, são apenas uma pequeníssima amostra da vasta oferta de qualidade ímpar que o Centro do país tem para oferecer. De braços abertos e olhos postos no futuro, a região dá-lhe as boas-vindas.

Grande Rota das Montanhas Mágicas

Inaugurada este ano, a GR60 - Grande Rota das Montanhas Mágicas traz aos caminhantes e ciclistas a possibilidade de desfrutar do que as serras, os vales e as planícies do Centro de Portugal têm para oferecer. A rota atravessa São Pedro do Sul, Castro Daire e Sever de Vouga. Mas não para aí. Vai até às regiões do Porto e do Norte, através dos municípios de Vale de Cambra, Arouca, Castelo de Paiva e Cinfães.

É composta por 280 quilómetros, divididos por oito etapas cicláveis e 14 pedestres. Assim, poderá ver as maravilhas das Serras da Freita, Arada, Arestal, Montemuro, e dos vales do Douro, Vouga, Paiva, Bestança, Caima e Teixeira. A Grande Rota das Montanhas Mágicas estende-se ainda aos percursos da Água e da Pedra e a quatro zonas Natura 2000. Mais imbuído na natureza era impossível.

Grande Rota da Ria de Aveiro

Três percursos, 11 concelhos e 600 quilómetros de extensão. Assim é a Grande Rota da Ria de Aveiro. Porém, é muito mais do que apenas números. É uma viagem profunda pelo clima, fauna e flora típicos da Ria de Aveiro, um dos ecossistemas mais ricos do país.

A pé ou de bicicleta, embarque num dos três percursos independentes, mas unidos entre si, da rota: o azul, com duração de seis dias, o verde, que dura 10 dias, e o dourado, durante 11 dias. É uma viagem na qual os sentidos estão hiperestimulados, em especial a visão. Acredite quando dizemos que os olhos não se conseguirão desviar da beleza da paisagem nem por um segundo. Também permite ao cérebro desligar e focar-se apenas nos sons naturais de Águeda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever de Vouga e Vagos.

Mas nem só de natureza se faz a Grande Rota da Ria de Aveiro. Também é uma oportunidade única para descobrir a Arte Nova, um movimento artístico profundamente ligado à identidade cultural da cidade de Aveiro, que está na corrida a Capital Europeia da Cultura 2027. A rota tem também a particularidade única de permitir incluir diversos percursos náuticos.

Ciclovia da Estrada Atlântica

Sempre quis visitar a Região do Oeste e de Leiria? Está na hora de pôr a mochila às costas. Prepare-se para caminhar e pedalar na Ciclovia da Estrada Atlântica, o roteiro que o levará a praias de areia branca lindíssimas. Um percurso perfeito para o verão.

A unir Torres Vedras à Praia de Santa Cruz está uma ecovia que o levará à Praia da Consolação, sem nunca perder de vista a vastidão de azul que caracteriza a costa portuguesa. O Cabo Carvoeiro é um dos locais mais impressionantes onde se pode admirar a linha do horizonte. De Peniche parte para a Lagoa de Óbidos.

Escondido no meio do mar, mas possível de ser visto, está o arquipélago das Berlengas, um dos pontos paisagísticos mais altos da viagem. Por fim, a aventura termina na Foz do Arelho, mas ainda é possível afastarmo-nos do mar. Num salto, estamos nas Caldas da Rainha, recebidos pelo jardim romântico do Parque D. Carlos I, no coração da cidade. E, por falar em história, a vila de Óbidos espera pacientemente que atravesse as suas muralhas e prove o tão famoso licor de ginja.