O Presidente da República mostrou-se hoje impressionado com a situação do Funchal, cidade que foi abalada pela intempérie que causou pelo menos 39 vítimas mortais na ilha.
Numa curta declaração, num dos locais onde decorrem os trabalhos de limpeza da cidade, na Praça da Autonomia, o Presidente da República referiu que «só quem vem ao local é que tem a verdadeira noção dos prejuízos que atingiram, neste caso, o Funchal. Impressiona, não deixa de impressionar».
Cavaco Silva, que se fazia acompanhar pelo presidente do Governo Regional da Madeira, o secretário regional do Equipamento Social e o presidente da Câmara Municipal do Funchal, inteirou-se dos trabalhos que decorrem na cidade, assim como das circunstâncias em que ocorreu a tragédia.
O presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, explicou ao Chefe de Estado que no concelho do Funchal as zonas mais atingidas pela tromba de água são Santo António, Monte e as zonas baixas, prometendo a Cavaco Silva resolver a situação de acordo com o «interesse público e não para agradar a teóricos».
Cavaco Silva seguiu depois viagem para a Meia Légua e, depois esteve também na Ribeira Brava, concelho também fortemente atingido pela intempérie e onde se encontrou com o Bispo da diocese e com populares que apelaram à sua ajuda.
De regresso depois ao Funchal, onde visitou o Comando Operacional Conjunto e o Regimento de Guarnição n.º 3, local que acolhe os desalojados do temporal, Cavaco Silva elogiou o trabalho das Forças Armadas.
No último balanço do Governo Regional sobre o temporal que atingiu a Madeira no sábado passado, as estimativas oficiais apontam para 42 mortos, tendo dado entrada na morgue 39 corpos, 37 dos quais foram já autopsiados.