O presidente da Ongoing garantiu que nunca conversou com o Governo sobre comunicação social e que a empresa a que preside não depende de ninguém para fazer negócios.
Em declarações aos deputados, na Comissão Parlamentar de Ética, Nuno Vasconcellos assegurou que nunca conversou com o Executivo sobre temas de comunicação social.
«Tive algumas conversas sobre telecomunicações com o ministro da tutela, mas nunca sobre o caso dos media», disse.
Contrariando o que Zeinal Bava tinha dito na semana passada, o presidente da Ongoing garantiu que a PT não fez nenhum investimento no grupo que dirige.
«É difícil estar a dizer que não somos instrumento de ninguém. A coisa já foi dita e cada um acredita naquilo que quer», afirmou.
O presidente da Ongoing fez questão de dizer que «só alguém que é financeiramente forte pode ser independente, porque não depende de outros para fazer os seus negócios».
A Ongoing «deve ser o único grupo de media que não tem sequer conta aberta na Caixa Geral de Depósitos (CGD)», nem financiamento desse banco, para além de não contar com um «único cêntimo do Estado», frisou.
Nuno Vasconcellos escusou-se a comentar as declarações de Pinto Balsemão sobre a proposta da Ongoing para aumentar o capital na empresa, dizendo que tem um enorme respeito por Balsemão, a quem apelidou de «príncipe da comunicação social».