Chefe de Estado garante que não quis desvalorizar as denúncias quando disse que as mais de 400 não lhe parecem um número "particularmente elevado".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, viu-se esta terça-feira obrigado a tentar esclarecer as declarações que fez sobre o número de casos de abuso sexual na igreja. Primeiro, assinalou que as mais de 400 denúncias não parecem um número "particularmente elevado", até porque "noutros países, e com horizontes mais pequenos, houve milhares de casos."
Perante os protestos de vários partidos, Belém acabou por emitir um comunicado em que, embora repita a ideia, Marcelo acrescenta que os números não lhe parecem elevados "face à provável triste realidade".
O terceiro ato surgiu apenas minutos depois da divulgação do comunicado, quando em declarações à RTP, a partir de Belém, o Presidente da República quis reforçar que não desvalorizou os casos. Questionado sobre se a sua fé pode estar a afetar a sua ação enquanto Presidente, Marcelo também negou.
E após o conhecimento público de pelo menos três casos de incompatibilidades no Governo, Marcelo revelou que está a ponderar pedir à Assembleia da República para analisar a necessidade de uma nova lei sobre este tipo de casos.
Com a proposta de Orçamento do Estado para 2023 já entregue, o primeiro-ministro António Costa aponta o Governo como um "referencial de tranquilidade" perante a elevada incerteza global, afastando o frenesim das "30 declarações por dia".
Mas ainda na linha do OE2023, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais anunciou que está a ser preparada uma alteração à retenção na fonte dos trabalhadores independentes para aproximá-la mais do seu rendimento real.
Sobre as Forças Armadas, depois dos pedidos para que os salários sejam atualizados, a ministra da Defesa garantiu que estes vão sofrer alterações "em linha com o que está a ser feito na administração pública".
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