O governador regional de Kherson refere que "estão em curso bombardeamentos pesados numa infraestrutura importante na zona portuária da cidade".
Duas pessoas morreram, esta quinta-feira, após ataques russos em Kherson. O anúncio foi feito pelo chefe adjunto do gabinete do presidente ucraniano, Kyrylo Tymoshenko, nas redes sociais.
"Há informações sobre duas pessoas mortas. Os serviços de emergência estão no local", afirmou. Já o governador regional, Yaroslav Yanushevych, adiantou que os bombardeamentos das forças russas deixaram a cidade "completamente sem eletricidade".
"Estão em curso bombardeamentos pesados numa infraestrutura importante na zona portuária da cidade. Assim que for possível, os trabalhadores dos serviços de eletricidade começarão a restaurar a energia", acrescentou.
A cidade de Kherson foi recapturada no início de novembro pelas forças ucranianas, após uma longa contraofensiva que durou várias semanas.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.755 civis mortos e 10.607 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.