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Novo caso com Eva Kaili. Duas eurodeputadas suspeitas de fraude

Jalal Morchidi/EPA

A nova investigação envolve dinheiro público relativo aos subsídios destinados aos assistentes parlamentares.

Há um novo caso de justiça a envolver o nome de Eva Kaili, a eurodeputada grega detida na sexta-feira e que está em prisão preventiva desde domingo, por suspeita de envolvimento num esquema criminoso com ligação ao Catar. A nova investigação implica ainda outra eurodeputada grega e as duas maiores famílias políticas europeias.

São suspeitas de fraude com dinheiro público, a partir da gestão dos subsídios destinados ao pagamento dos assistentes parlamentares acreditados em Estrasburgo.

Num comunicado, a procuradoria europeia anuncia que "requereu o levantamento da imunidade parlamentar da eurodeputada Eva Kaili" do partido grego PASOK, membro da família socialista europeia, e também da "eurodeputada Maria Spyraki", que é membro do partido Nova Democracia, que integra o grupo do PPE.

Os dois casos estão relacionados com a "suspeita de fraude lesiva do orçamento da UE". Está em causa a gestão de dinheiro público, relacionado com o "subsídio parlamentar destinado à remuneração dos Assistentes Parlamentares acreditados em Estrasburgo".

Trata-se de um novo caso a envolver a eurodeputada Eva Kaili, que está em prisão preventiva desde domingo, depois de ter sido detida em flagrante delito, por suspeitas de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com alegadas ligações ao Catar.

O novo caso de alegada fraude com dinheiro europeu, que envolve deputadas gregas das duas maiores famílias políticas europeias, parte do relatório de uma investigação do Organismo Europeu de Luta Anti-Fraude.

Num breve comunicado, a procuradoria europeia, que já solicitou o levantamento da imunidade das duas eurodeputadas, salienta ainda assim que, até transito em julgado, tanto Eva Kaili, como Maria Spyraki devem ser consideradas "presumivelmente inocentes".