Política

"O Governo está coeso." Costa admite "problemas", mas mantém confiança na ministra da Agricultura

Biel Alono/EPA

O chefe do Executivo lembrou que "por dias difíceis passa o mundo, passa a Europa, passa o país e passam sobretudo os portugueses e portuguesas" devido à guerra na Ucrânia.

O primeiro-ministro afirmou, esta sexta-feira, que, mesmo após as mais recentes demissões, "o Governo está coeso" e admitiu que o Executivo tem "problemas", mas garante: "resolvem-se".

"Por dias difíceis passa o mundo, passa a Europa, passa o país e passam sobretudo os portugueses e portuguesas com esta inflação muito forte que estamos a viver fruto desta Guerra [na Ucrânia], e essas são as grandes dificuldades", reiterou.

Durante uma inauguração em Braga, o primeiro-ministro lembrou algumas obras realizadas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, afirmando que "é nisso que nos temos de focar", porque, na opinião do chefe do executivo, "o Governo tem problemas e os problemas resolvem-se, mas agora o problema principal e onde temos de estar focados é no dia-a-dia dos portugueses".

Interrogado se a ministra da Agricultura tem condições para continuar nas suas funções, após a demissão da sua secretária de Estado, Carla Alves, cerca de 26 horas após ter sido empossada nesse lugar, o primeiro-ministro respondeu com um "sim".

Questionado se o Presidente da República contribuiu para a instabilidade política ao afirmar que a secretária de Estado demissionária da Agricultura, Carla Alves, estava diminuída do ponto de vista político, António Costa contrapôs que "o primeiro-ministro não comenta as palavras" do chefe de Estado.

"O Presidente da República é o Presidente da República, eleito por todo os portugueses e, portanto, exprime aquilo que bem entende", alegou.

António Costa afirmou depois que "a avaliação política do Presidente da República [Marcelo Rebelo de Sousa] é uma matéria".