Vida de Artistas, dos Artistas Unidos, ainda encenada por Jorge Silva Melo, está agora no Porto, no Teatro Carlos Alberto.
Jorge Silva Melo quis regressar a Noel Coward, para aquela que foi a última encenação. Teatro, teatro, talvez fútil, talvez tudo em cena, uma encenação que António Simão herdou e que sublinha esse lado da escrita, que transborda dos livros, a literatura no palco.
Mas, há aqui um imenso mas, Jorge Silva Melo escreveu, Ah como eu gosto de Noel Coward. Frívolo? Ou realmente profundo? Agora António Simão realça precisamente esse texto escondido por detrás das bolhas do Champanhe.
Três artistas, com todo o fascínio e danos que pode acontecer num "ménage à trois", na proporção em que atingem o sucesso e o luxo. O dramaturgo Noel Coard escreve, que estas personagens são criaturas superficiais, amorais, traças à volta da luz, não conseguem viver na escuridão e para partilharem a luz estão constantemente a ferir as asas umas das outras.
De Noël Coward, encenação Jorge Silva Melo, tradução José Maria vieira Mendes, cenografia e figurinos Rita Lopes Alves, desenho de som André Pires, desenho de luz Pedro Domingos coordenação técnica João Chicó, assistência de encenação Nuno Gonçalo Rodrigues, António Simão
Interpretação: Américo Silva, Ana Amaral, Antónia Terrinha, Jefferson Oliveira, Nuno Pardal, Pedro Caeiro, Pedro Cruzeiro, Raquel Montenegro, Rita Brütt, Tiago Matias
Vida de Artistas, estreia na, quinta-feira, dia 19 de janeiro, às 19h00, no Teatro Carlos Alberto, no Porto, e fica até domingo.