Política

"Ataque direito à greve." PCP diz que "não há justificação" para serviços mínimos nas escolas

Paula Santos, líder do grupo parlamentar do PCP Nuno Veiga/Lusa

Os comunistas defendem que o tempo de serviço das carreiras da administração pública, nomeadamente dos professores, seja integralmente contabilizado.

O PCP considera que os serviços mínimos decretados para a greve de 2 e 3 de março, convocada pela Fenprof, são um ataque ao direito à greve e que "não há qualquer justificação" para que existam.

"Não há qualquer justificação para que possam ocorrer. Aliás, consideramos até que constitui um ataque ao próprio direito à greve", afirma a líder parlamentar comunista, Paula Santos.

Para a deputada do PCP, o importante é que o Governo se concentre em resolver os problemas dos professores e da escola pública em Portugal: "Aquilo em que o Governo se devia empenhar verdadeiramente era encontrar as soluções para dar resposta às reivindicações que têm vindo a ser colocadas por parte dos professores de valorizar a escola pública, de valorizar os professores. É isso que é necessário no nosso país."

O PCP defende a contabilização integral do tempo de serviço das carreiras da administração pública, desde logo, os professores.

"A questão da contabilização de todo o tempo de serviço tem estado muito presente na luta e intervenção por parte dos trabalhadores, nomeadamente por parte dos professores. Não faz sentido que o tempo que foi trabalhado não seja contabilizado. Entendemos que não deve haver nenhum apagão desse mesmo tempo, porque estiveram lá e trabalharam. Neste caso concreto, os professores estiveram nas escolas, acompanharam os alunos e deram as aulas", acredita o Partido Comunista Português.

O partido entregou um projeto de lei, no Parlamento, e defende que a contabilização deve acontecer, no máximo, em três anos.

Francisco Nascimento e Rui Oliveira Costa