O "Bela Luz Branco 2021", o mais recente vinho produzido pela Herdade do Rocim, reforça a aposta do produtor alentejano na região do Douro.
A Vinha do Bela Luz, localizada na sub-região do Cima Corgo, e onde abunda a planta Thymus mastichina, inspirou Catarina Vieira e Pedro Ribeiro, enólogos da Herdade do Rocim, na criação de um vinho branco de topo.
A colheita de 2021, recém-chegada ao mercado, reforça a aposta da empresa na região do Douro, ao produzir um vinho com uvas provenientes de vinhas velhas de uma região de clima tipicamente mediterrânico.
O "Bela Luz Branco 2021", do qual foram produzidas 6 000 garrafas, sofreu um processo de fermentação em barricas de 500 litros de carvalho francês e em talhas de barro de 140 litros.
Apresenta uma cor amarela citrina e notas subtis de pedra molhada e fruta de polpa branca. Um vinho complexo e com boa estrutura.
"É inquestionável que a Região Demarcada do Douro nos diz muito enquanto enólogos e responsáveis por uma empresa de vinhos. A nossa vontade é fazer sempre vinhos únicos e alargar a nossa produção no que diz respeito a vinhos do Douro e Porto", adianta Pedro Ribeiro.
Hoje em dia, a Herdade do Rocim produz, anualmente, 80 mil garrafas na região do Douro, com destaque para as referências "Bela Luz" e "Raio de Luz", que conquistou recente 3.º lugar no
Vinum Wine Competition. Uma distinção que, para Pedro Ribeiro "retrata bem o potencial que esta região tem".
O aumento da produção, já em 2023, é um objetivo dos dois enólogos.
Parceria luso-austríaca criada para surpreender
A criação de uma parceria entre Pedro Ribeiro, enólogo e administrador da Herdade do Rocim, e Lenz Moser, membro da quinta geração da dinastia vinícola austríaca com o mesmo nome, pretende antecipar tendências no mundo do vinho, surpreender os puristas e ir ao encontro de novos consumidores.
Os dois enólogos lançaram um vinho único - "Ribeiro & Moser Arinto 2022" - que resultou do projeto baseado na Herdade do Rocim, em Cuba, no Baixo Alentejo, com produção na Região de Lisboa. A casta Arinto, produzida há muito em Portugal, foi a escolhida pelos dois enólogos, oriundos de geografias diferentes, mas com visões comuns.
A paixão pela casta aliada à preocupação ambiental - a garrafa pesa apenas 420 gramas em vez de 570 gramas para economizar energia e reduzir as emissões - representou um desafio para ambos, que criaram "um vinho, naturalmente, ácido, equilibrado pela vinificação e estágio", expressão do estilo individual de cada um dos enólogos e da visão que têm da casta Arinto.
"Portugal é reconhecido pelos extraordinários vinhos tintos, mas no nosso país há excecionais brancos, muito procurados pela comunidade internacional da área dos vinhos", sublinha Pedro
Ribeiro, referindo "o Arinto como a casta que tem ajudado Portugal a sobressair nos vinhos brancos".
O lançamento do "Ribeiro & Moser Arinto 2022", fruto da parceria luso-austríaca, representa mais um passo dado nesse caminho de reconhecimento internacional dos vinhos brancos portugueses.