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Rússia diz que manobras militares realizadas em torno de Taiwan são "direito soberano" da China

A China iniciou os exercícios militares em torno de Taiwan em resposta à reunião entre a Presidente de Taiwan e o líder da Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA AFP

O porta-voz do Kremlin defendeu que a China tem o "direito soberano" de responder a "ações de provocação".

A Rússia declarou o seu total apoio às manobras militares conduzidas pela China em torno de Taiwan, concluídas esta segunda-feira, afirmando que Pequim foi vítima de muitas ações de "provocação".

"Num período muito curto de tempo, testemunhámos muitas ações de provocação contra a República Popular da China", declarou o porta-voz do Kremlin (Presidência russa), Dmitri Peskov, na sua habitual conferência de imprensa diária por telefone.

"E, claro, a China tem o direito soberano de responder a estas ações de provocação de várias maneiras, incluindo exercícios militares em estrita conformidade com o direito internacional", sublinhou o porta-voz russo.

Peskov afirmou ainda que "todos devem respeitar o direito da China, assim como de outros países, de agir desta maneira".

A China anunciou esta segunda-feira que "concluiu com sucesso" os exercícios militares em torno de Taiwan, iniciados no sábado em resposta à reunião da última quarta-feira, na Califórnia, entre a Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, e o líder da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos, o republicano Kevin McCarthy.

No final da Segunda Guerra Mundial, Taiwan integrou a República da China, sob o Governo nacionalista de Chiang Kai-shek.

Após a derrota contra o Partido Comunista, na guerra civil chinesa, em 1949, o Governo nacionalista refugiou-se na ilha, que mantém, até hoje, o nome oficial de República da China, em contraposição com a República Popular da China, no continente chinês.

Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso Taipé declare formalmente a independência.