Política

Rui Rocha acusa PS de estar "agarrado ao poder" sem contribuir "beneficamente para o país"

Rui Rocha, presidente da Iniciativa Liberal António Pedro Santos/Lusa

O líder liberal afirma que a situação atual "é de degradação do cenário político, económico, social e dos princípios democráticos".

O líder da Iniciativa Liberal afirmou esta segunda-feira que António Costa está a sentir o país "a fugir" e acusa o PS de usar a maioria absoluta para "continuar agarrado ao poder", sem que "contribua beneficamente para o país".

"O PS está numa dinâmica de destruição da sua própria solução. O primeiro-ministro está com tempos muito curtos. Está em constante campanha eleitoral, constantemente a apresentar medidas, porque sente que o país lhe está a fugir. Portanto, a maioria absoluta que António Costa tem neste momento já não resolve os problemas do país todo. Apenas lhe permite ter a tentação de continuar agarrado ao poder, sem que isso contribua beneficamente para o país", disse Rui Rocha aos jornalistas em Belém, à saída de uma conversa com o Presidente da República.

No fim de semana, a sondagem da Aximage para TSF, JN e DN deu uma ultrapassagem do PSD ao PS nas intenções de voto, mas indica que uma alternativa à direita só seria possível com o Chega. Confrontado com o estudo de opinião, Rui Rocha não quis criar cenários políticos.

"A democracia é o espaço da liberdade e das soluções. Eu diria que limitar cenários em função de sondagens, de estudos de opinião, não faz nenhum sentido. Nós temos de analisar a situação e a situação é de degradação do cenário político, económico, social e dos princípios democráticos", disse o líder liberal, garantindo aos portugueses que a "missão" do partido é "fazer diferente".

Na audição com o Presidente da República, Rui Rocha apresentou preocupações com as eleições regionais na Madeira, já que não "estão reunidas condições" para o voto antecipado e em mobilidade.

"Os madeirenses, quando se trata de eleições legislativas ou presidenciais, podem votar em mobilidade antecipadamente, mas não estão reunidas ainda hoje as condições para que o possam fazer nas próximas eleições regionais. Foi essa preocupação que trouxemos ao senhor Presidente da República e saio daqui com a convicção que foi algo que sensibilizou também o interesse do senhor Presidente da República. Faço daqui um apelo às autoridades políticas da Região Autónoma da Madeira, no sentido de que essa possibilidade seja aberta aos madeirenses no próximo ato eleitoral", pediu Rui Rocha.

As eleições regionais da Madeira ainda não têm data, mas estão previstas para setembro ou outubro deste ano.