André Ventura afirma que o país não pode "esperar que a crise se vá agudizando e que o PS sinta que pode fazer o que entender".
O líder do Chega, André Ventura, disse esta quarta-feira que "o país não aguenta" e espera que Marcelo Rebelo de Sousa fale ao país "ainda hoje", antes de partir para Londres para a coroação de Carlos III.
Os acontecimentos desta quarta-feira mostram os "sequestros a que estamos sujeitos", afirmou André Ventura aos jornalistas, no Parlamento. O presidente do Chega disse, ainda, estar "certo"de que o Presidente da República "esperava mais dos partidos à direita", referindo-se às declarações desta quarta-feira do líder do PSD, Luís Montenegro.
"O país não aguenta, nem pode esperar que a crise se vá agudizando e que o PS sinta que pode fazer o que entender", disse André Ventura.
Sobre o comunicado do Conselho de Fiscalização do SIRP, que não deteta ilegalidades do Serviço de Informações de Segurança (SIS) na recuperação do computador do ex-adjunto do ministro João Galamba, Frederico Pinheiro, o líder do Chega disse ser "espantoso". André Ventura sublinhou que não ouviu nenhum especialista a afirmar que a atuação do SIS é legal, "exceto uma pessoa indicada pelo PS", o que coloca em causa "a sua credibilidade" e mostra que "o sequestro foi total".
Face ao chumbo da audição da ministra da Justiça na primeira comissão, o Chega vai utilizar o direito potestativo para que Catarina Sarmento e Castro seja ouvida sobre a polémica que envolve o Serviço de Informações de Segurança (SIS).
"A ministra da Justiça vai mesmo ter de prestar contas no Parlamento porque o Chega vai usar o direito potestativo", garantiu André Ventura, acrescentando que será "uma audição que pretende esclarecer e saber a verdade".