O presidente da federação da construção civil disse que as construtoras portuguesas estão a ser afectadas por atrasos nos pagamentos por parte de entidades públicas e privadas.
O presidente da Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Pública (FEPICOP) defendeu, esta sexta-feira, que o Estado devia ser o primeiro a pagar, até para ajudar a alterar comportamentos.
Em Portugal, existe uma «espécie de cultura de não pagamento», que «serve de desculpa» a quase toda a sociedade «para se comportar da mesma forma», começou por constatar Ricardo Pedrosa Gomes.
O presidente da FEPICOP defendeu que, «antes de mais, têm de ser os poderes públicos a dar o exemplo».
Nos últimos anos, o Estado tornou-se «extraordinariamente eficaz e eficiente na recolha de obrigações fiscais de pessoas e empresas a tempo e horas», por isso «o mínimo que se exigia é que tivesse um compromisso moral de fazer o mesmo em relação aos pagamentos», defendeu.
Ricardo Pedrosa Gomes lamentou que esta situação seja recorrente.
Segundo a FEPICOP, só as autarquias devem 830 milhões de euros a empresas do sector.