Sociedade

GLEX Summit: dezenas de cientistas e exploradores reúnem-se nos Açores

Timothy Radke, João Neto, David Isserman e Manuel Vaz na apresentação da Glex Summit Gerardo Santos/Global Imagens (arquivo)

Os três dias de cimeira terão o desenvolvimento sustentável como tema central.

A quarta edição da Global Exploration Summit (GLEX) arranca esta quarta-feira em Angra do Heroísmo, nos Açores, com cerca de 300 inscritos, num encontro que junta 40 cientistas e exploradores de 14 nacionalidades.

A cimeira, que conta com a participação de exploradores e cientistas de várias áreas, desde biólogos marinhos a conservacionistas da natureza e vida selvagem, líderes de expedições, astronautas, aquanautas, astrofísicos, geólogos e cientistas espaciais, realiza-se pelo segundo ano consecutivo nos Açores.

Depois de São Miguel, a GLEX Summit realiza-se na Terceira, no ano em que passam 187 anos da visita de Charles Darwin à ilha.

Entre os temas em destaque nesta edição estão o telescópio espacial James Webb, a Amazónia, a descoberta do túmulo de Cleópatra, no Egito, a descoberta da paisagem sonora do planeta Marte, a exibição das primeiras filmagens do maior invertebrado do mundo e os mistérios relacionados com o futuro da investigação espacial e oceânica.

Ouvido pela TSF, Manuel Vaz, fundador da Expanding World, que organiza a cimeira, diz que são três dias para falar sobre diferentes áreas de conhecimento, sempre com o desenvolvimento sustentável como tema central.

"Desde os Himalaias à Amazónia, da Austrália a Marte. Temos uma série incrível de diversidade junta nesta cimeira em áreas completamente diferentes, serão três dias em que temos a elite dos grandes projetos nestas áreas todas. Um dos focos que temos este ano é revolução que o James Webb Space Telescope está a criar", explica Manuel Vaz, sublinhando que "toda a indústria espacial está reunida, desde a SpaceX, à NASA, à Axiom Space e à Blue Origin".

A GLEX Summit realiza-se nos Açores pelo segundo ano. Manuel Vaz fala numa dupla simbologia.

"Quer pelo encontro do velho e do novo mundo, quer por ser o centro do Atlântico, quer por há dois anos, durante a GLEX Summit também, a doutora Sílvia ter declarado os Açores como um hotspot, como um sítio de esperança para o planeta. Com isto, nós também queremos afirmar Portugal como um palco que continua a ligar os mundos, neste caso, o nosso e outros e também um centro de aprendizagem, especialmente, naquilo que diz respeito à conservação dos oceanos. Nós temos algo também para dar e para inspirar", acrescenta.

Do programa constam nomes como a astrobióloga e diretora do Instituto SETI (dedicado à busca de inteligência extra-terrestre) Nathalie Cabrol, a diretora adjunta de investimentos em tecnologia e investigação do NASA Goddard Space Flight Center Christyl Johnson, a cientista planetária Nina Lanza, o explorador e fotógrafo documental da National Geographic Chris Rainer, a arqueóloga e antropóloga ambiental Anna Curtenius Roosevelt e o biólogo marinho Nathan J. Robinson.

Organizada pela Expanding World, com a curadoria do The Explorers Club, de Nova Iorque, a Global Exploration Summit foi criada no âmbito da celebração do quinto centenário da primeira circum-navegação do mundo, comandada por Fernão de Magalhães.

Desde 2019 trouxe a Portugal nomes como James Garvin, Brian Cox, Beverly e Dereck Joubert, Fabien Cousteau, Sian Proctor ou Sylvia Earle.