Apesar de, desde 2021, terem sido hasteadas bandeiras do Emirado Islâmico do Afeganistão, as denúncias pela comunidade internacional têm sido constantes, nomeadamente no que diz respeito aos direitos das mulheres.
O regime Taliban celebra dois anos desde que as forças ocidentais abandonaram a capital do Afeganistão e, por isso, esta terça-feira é feriado no país.
"A conquista de Cabul demonstrou mais uma vez que ninguém pode controlar a orgulhosa nação do Afeganistão e garantir sua permanência no país", pode ler-se num comunicado divulgado pelo regime Talibã, citado pela AFP.
"Não se permitirá que nenhum invasor ameace a independência e a liberdade do Afeganistão", acrescenta a nota.
Em agosto de 2021, a antiga República Islâmica do Afeganistão foi substituída pelo Emirado Islâmico do Afeganistão, mas, apesar da festa, este não é reconhecido por nenhum país do mundo.
Desde então, têm sido adotas políticas rigorosas que violam os direitos humanos, especialmente os direitos das mulheres, afastadas, por exemplo, do acesso à educação. A ONU já denunciou a situação e classificou-a como "apartheid de género".
Na segunda-feira, a Amnistia Internacional (AI) acusou os taliban de terem transformado a esperança de emancipação da mulher no Afeganistão num "vendaval de restrições draconianas" desde que regressaram ao poder.
"O Afeganistão voltou a mergulhar num capítulo negro", considerou a organização num texto divulgado a propósito do segundo aniversário do novo regime afegão.