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González e Noboa lideram presidenciais no Equador com 80% dos votos contados

"Estamos a fazer história", disse González ao comemorar a sua "grande vitória" na primeira volta Galo Paguay/AFP (arquivo)

De acordo com a legislação do país, um candidato presidencial precisa de obter 50% dos votos, ou 40% se estiver 10 pontos à frente do seu rival mais próximo, para vencer o sufrágio na primeira volta.

Luisa González e Daniel Noboa lideram no primeiro e segundo lugares, respetivamente, para passar à segunda volta das eleições presidenciais extraordinárias do Equador, com 80% dos votos contados.

Com 80% dos votos apurados, González, candidata da Revolução Cidadã, movimento político liderado pelo ex-Presidente Rafael Correa (2007-2017), tem 33% dos votos, enquanto Noboa, candidato da aliança ADN, tem 24%.

Depois de um dia tenso e sob forte segurança, a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Diana Atamaint, disse que nenhum candidato tinha atingido o limiar para reclamar a vitória. "Vamos para uma segunda volta eleitoral a 15 de outubro", afirmou aos jornalistas.

De acordo com a legislação do país - com mais de 17 milhões de habitantes -, um candidato presidencial precisa de obter 50% dos votos, ou 40% se estiver 10 pontos à frente do seu rival mais próximo, para vencer o sufrágio na primeira volta. Caso estes cenários não ocorram, uma segunda volta será realizada a 15 de outubro.

Estas eleições no Equador foram marcadas pelo assassínio de um dos principais candidatos.

"Estamos a fazer história", disse González ao comemorar a sua "grande vitória" na primeira volta, enquanto Noboa garantiu que "a juventude" o escolheu "para vencer o regime de Correa".

O país sul-americano, outrora pacífico, tornou-se nos últimos anos um centro de operações para cartéis de drogas estrangeiros e locais que impõem um regime de terror com assassínios, sequestros e extorsões.

Além da violência, há uma crise institucional que levou o país a ter de eleger também no domingo 137 parlamentares que compõem a Assembleia Nacional, após o atual Presidente Guillermo Lasso (direita) ter decidido dissolvê-la e convocar eleições antecipadas para evitar um processo de impeachment por corrupção.

Serão ainda realizados dois referendos sobre a exploração mineira e petrolífera.

TSF com agências