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Dragão semeia vento e colhe Marcano. FC Porto vence Rio Ave nos descontos

Ivan Del Val/Global Imagens

Veja os golos. O central portista voltou a decidir a partida no período de descontos.

A receita é a mesma: junta-se uma pitada de Marcano ao período de compensação e a vitória fica servida. O FC Porto virou esta segunda-feira a partida frente ao Rio Ave e venceu por 2-1, com os dois golos marcados já bem perto do apito final.

Costinha abriu o marcador já na segunda parte de grande penalidade, mas Galeno empatou da mesma forma perto do fim. Nos descontos, Marcano repetiu a dose da semana passada e garantiu a liderança aos dragões.

Na equipa de Sérgio Conceição (mais uma vez na bancada a cumprir castigo), houve apenas uma alteração em relação à partida com o Farense. Após a suspensão referente à expulsão na Supertaça, Pepe estreou-se nesta edição da Liga. A outra novidade estava no banco, já que Alan Varela fez, pela primeira vez, parte das escolhas. No outro lado do campo, Leonardo Ruiz e Hernâni cederam o lugar a João Graça e Boateng.

A partida foi muito repartida nos primeiros minutos, com o vento a ter um papel importante na movimentação da bola, mas foi o Rio Ave a criar perigo pela primeira vez. Pepe fez um passe arriscado na defesa, Boateng fez o corte e a bola sobrou para João Graça, que atirou de primeira ao lado da baliza de Diogo Costa.

Aos 12 minutos, jogada de insistência dos dragões, Nico González faz um grande passe a isolar Taremi e o iraniano introduz a bola na baliza de Magrão. No entanto, equipa de arbitragem anulou por fora de jogo.

Minutos depois, Taremi recuperou a bola no meio-campo e solta Galeno na esquerda. O ala entrou na área e serviu Pepê e o brasileiro, de forma quase inacreditável, atirou por cima.

Os dragões pareciam não conseguir impor o seu jogo, mas eram, ainda assim, perigosos quando chegavam à área vilacondense. Aos 29 minutos, Galeno cruzou da esquerda e Marcano cabeceou por cima.

A equipa de Sérgio Conceição começou a ter mais bola no meio-campo ofensivo, mas, paradoxalmente, deixava de conseguir criar perigo para a baliza de Magrão.

Assim, a partida continuou sem golos até ao intervalo, com os dragões a chegarem empatados ao descanso pela quarta vez em quatro jogos esta temporada.

Na entrada para o segundo tempo, a grande oportunidade para o marcador mexer apareceu. Fábio Ronaldo rematou de fora da área, a bola desviou e embateu no poste e, na tentativa de recarga, Boateng discutiu o lance com Galeno e o árbitro assinalou penálti. Na conversão, Costinha disparou forte e rasteiro para o lado esquerdo e inaugurou o marcador.

A seguir ao golo, o FC Porto começou a conseguir subir no terreno, mas isso continuava a não ser sinal de perigo para a baliza de Magrão.

A grande oportunidade de golo dos dragões surgiu aos 73 minutos. Nico González cruzou da direita e Galeno, ao segundo poste, cabeceou para as mãos de Magrão. Logo a seguir, o brasileiro arrancou pelo meio e serviu Namaso, mas o remate saiu à figura do guarda-redes vilacondense.

Aos 88 minutos, num lance de bola parada, Gonçalo Borges tirou Costinha do caminho e caiu na área, com o árbitro a assinalar grande penalidade. Na conversão, Galeno imitou Costinha e empatou a partida.

E os dragões conseguiram mesmo a reviravolta com a receita do último jogo. Novo canto estudado, André Franco cruzou e Marcano (quem mais?) fez a reviravolta na partida.

Os dragões controlaram os minutos que faltavam até ao final e conseguiram manter o pleno de vitórias na Liga, juntando-se a Vitória SC e Sporting no grupo de líderes do campeonato.

Onze do Rio Ave: Magrão, Pantalon, Josué Sá, Aderllan Santos, Costinha, Joca, Guga, Amine, Fábio Ronaldo, João Graça e Boateng.

Onze do FC Porto: Diogo Costa, João Mário, Pepe, Marcano, Zaidu, Pepê, Nico González, Eustáquio, Galeno, Taremi e Toni Martínez.

Suplentes do Rio Ave: Lucas, Patrick, Hernâni, Vítor Gomes, Leonardo Ruiz, Ventura, Sávio, Ukra e Zé Manuel.

Suplentes do FC Porto: Cláudio Ramos, Fábio Cardoso, Marko Grujic, Wendell, Namaso, André Franco, Fran Navarro, Alna Varela e Gonçalo Borges.

Rui Oliveira Costa