O advogado Diamantino Morais, um dos arguidos detidos no âmbito de uma investigação relacionada com o caso BPN, saiu em liberdade com o pagamento de uma caução de 500 mil euros.
Além da caução económica, o juiz Carlos Alexandre determinou, após interrogatório do Tribunal Central de Instrução Criminal, como medidas de coação para Diamantino Morais apresentações periódicas às autoridades de 15 em 15 dias, proibição de se ausentar do país e proibição de contacto com os restantes oito arguidos do processo.
Depois do interrogatório do advogado, que terminou cerca das 16:00, foi dado início à audição do terceiro arguido detido, o empresário do ramo imobiliário e automóvel Carlos Marques.
Na quinta-feira, a advogada Teresa Cantanhede Rodrigues, que também esteve detida, saiu em liberdade, com uma caução económica de 500 mil euros, proibição de ausência do país e proibição de contactos com o arguido Carlos Marques.
Os interrogatórios dos restantes seis arguidos deste processo, todos em liberdade, estão agendados para 11 e 12 de Novembro.
Em causa, nesta investigação estão crimes de burla qualificada, falsificação, fraude fiscal, corrupção e branqueamento de capitais.
De acordo com o Departamento Central de Investigação e Acção Penal, os montantes envolvidos atingem, no total, cerca de 100 milhões de euros.
A Polícia Judiciária emitiu na quinta-feira um comunicado sobre a operação de combate à corrupção, designada "Rollerball", onde refere que deteve três pessoas suspeitas de burla e apreendeu carros de gama alta, armas de fogo, dinheiro e documentação relativa a "offshores", no âmbito de um processo do dossier Banco Português de Negócios.