Desporto

Luis Rubiales vai ser ouvido pela Justiça espanhola na sexta-feira

Luis Rubiales Mariscal/EPA

A convocação da Audiência Nacional surge um dia depois do promotor Francisco de Jorge ter aceitado a denúncia do Ministério Público espanhol "pelos crimes de agressão sexual e coação" contra Rubiales.

Luis Rubiales vai ser ouvido pela Justiça espanhola na próxima sexta-feira no âmbito da investigação do beijo não consentido que deu à jogadora Jenni Hermoso, após a inédita vitória da Espanha na final do Mundial feminino, a 20 de agosto.

O ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) foi convocado pela Audiência Nacional "a testemunhar, na condição de investigado, na próxima sexta-feira, 15 de setembro, às 12h00 (11h00 em Lisboa)", pode ler-se em comunicado, citado pela agência AFP.

Esta convocação surge um dia depois do promotor Francisco de Jorge, da Audiência Nacional, ter aceitado a denúncia do Ministério Público "pelos crimes de agressão sexual e coação" contra Rubiales.

O Ministério Público espanhol, que abriu uma investigação preliminar sobre o caso a 28 de agosto, também solicitou que o depoimento de Rubiales fosse recolhido na condição de investigado, e de Jenni Hermoso, como vítima.

No domingo, Luis Rubiales revelou que apresentou a renúncia ao cargo de presidente da RFEF, bem como às funções que desempenhava na UEFA.

A FIFA anunciou a abertura de um processo disciplinar a Luis Rubiales cinco dias depois do ocorrido, por possível violação do Código de Ética do organismo que rege o futebol mundial, tendo posteriormente suspendido o líder federativo espanhol durante 90 dias.

A futebolista disse que o beijo não foi consentido, ao contrário do que afirma o presidente demissionário da federação. Antes, na bancada do estádio, Rubiales tinha tocado os próprios genitais para celebrar a vitória espanhola.

Os dois comportamentos valeram-lhe queixas do governo de Espanha ao Tribunal Administrativo do Desporto, que decidiu também abrir um processo disciplinar a Rubiales.

O presidente da RFEF em funções, Pedro Rocha, avançou com a demissão de Jorge Vilda do cargo de selecionador feminino, sendo substituído por Montse Tomé.

TSF com agências