Veja os golos. Equipa de Rúben Amorim soma 19 pontos no campeonato.
O que é que dois penáltis, dois livres diretos que pareceram penáltis e um golo de que nasce de um pontapé de canto têm em comum? São cinco bolas paradas que fizeram Sporting e Farense discutir até ao último minuto o jogo deste sábado no estádio São Luís.
Entre leões, foram os de Lisboa que levaram a melhor, com um bis de penáltis de Gyökeres e um golo de Pote que foram resposta suficiente, mas sofrida, a dois livres diretos que Mattheus Oliveira converteu como poucos conseguem. Com esta vitória, o Sporting isola-se na liderança do campeonato com 19 pontos, mais um do que o Benfica e três do que o FC Porto.
Num duelo entre leões lisboetas e algarvios, começou pior o jogo para os que viajaram da capital quando, aos dez minutos, Coates deu sinal de que não dava para mais: sem ir ao chão, saiu pelo próprio pé do relvado para dar o lugar a Matheus Reis, assumindo Gonçalo Inácio o lugar de defesa central pelo meio.
E se o azar bateu à porta do Sporting, a disciplina bateria à do Farense logo de seguida: Gonçalo Silva, no interior da pequena área e à frente do guarda-redes Ricardo Velho, cortou com o braço um remate que ia para golo e viu o vermelho direto, cometendo penálti.
Coube ao sueco Gyökeres converter a grande penalidade. O ponta de lança não tremeu: bola para o lado direito, guarda-redes a voar para a direção oposta e o 1-0 no estádio de São Luís estava feito.
Com o jogo controlado e superioridade numérica em campo, o Sporting lá foi atacando a espaços, mas o suficiente para chegar com naturalidade ao 2-0. Nuno Santos bateu um pontapé de canto à esquerda que sobrou para a entrada da grande área e, de lá, Pote rematou rasteiro e colocado para o segundo da noite.
O Farense respondeu de imediato: partiu para o ataque, ganhou um livre direto descaído para a esquerda e confiou em Mattheus Oliveira. O brasileiro ex-Sporting rematou colocadíssimo e fez a bola entrar na baliza de Adán a rasar o poste.
E Hjulmand, que tinha visto o cartão amarelo pela falta que deu origem ao golo do Farense, arriscou ver o segundo poucos minutos depois, numa entrada sobre Fabrício em que não toca na bola.
Amorim percebeu o risco e tirou-o ao intervalo para lançar Paulinho. Quem não percebeu o risco que estava a cometer foi Nuno Santos que, pouco depois dos 50', decidiu fazer um corte em pontapé de bicicleta à entrada da sua grande área e acabou por acertar em Fabrício.
Luís Godinho apitou para livre direto e Mattheus Oliveira não se fez rogado: uma vez mais, venceu o duelo com Adán, desta vez fazendo a bola rasar a relva, bater no poste e entrar na baliza.
José Mota, com um jogo novamente pronto a discutir, não abdicou de atacar: lançou Zé Luís para o lugar de Bruno Duarte e abdicou de Fabrício para apostar em Igor Rossi. Também o Sporting, a jogar com mais um, quis continuar a atacar e quase conseguiu chegar ao 3-2 por Paulinho, que cabeceou no coração da grande área para uma defesa de Ricardo Velho aos 69'.
Rúben Amorim só voltou a mexer aos 83' quando abdicou de Nuno Santos para lançar Daniel Bragança, ao mesmo tempo que o Farense passava a jogar com três centrais depois da saída de Marco Matias para dar lugar a Muscat. Tudo parecia pronto para o Farense se fechar a sete chaves, isto até Edwards ter arranjado espaço onde poucos conseguem.
Serpenteou a partir da direita, passou por dois adversários e caiu à frente de Zé Luís, levando Luís Godinho a assinalar grande penalidade. Gyökeres voltou a assumir a responsabilidade e, uma vez mais, não falhou: o sueco fez o 3-2, desta vez sem enganar Ricardo Velho.
Onze do Farense: Ricardo Velho, Pastor, Gonçalo Silva, Artur Jorge, Talocha, Cláudio Falcão, Fabrício Isidoro, Mattheus Oliveira, Belloumi, Marco Matias e Bruno
Onze do Sporting: Adán, Esgaio, Diomande, Coates, Gonçalo Inácio, Nuno Santos, Morita, Hjulmand, Pote, Edwards e Gyökeres
O jogo foi arbitrado por Luís Godinho, assistido por Rui Teixeira e Pedro Mota. No VAR esteve Manuel Mota assistido por Jorge Fernandes.
Suplentes do Farense: Luiz Felipe, Igor Rossi, Caseres, Muscat, Elves Baldé, Rafael Barbosa, Rui Costa, Seruca e Zé Luís
Suplentes do Sporting: Israel, Matheus Reis, Neto, Essugo, Trincão, Paulinho, Geny, Fresneda e Bragança