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Guterres "alarmado" com os relatos da morte de dezenas de civis em Myanmar

António Guterres James Arthur Gekiere/AFP

Pelo menos 29 pessoas morreram, incluindo 12 menores, num alegado ataque do exército birmanês num acampamento de deslocado.

O secretário-geral da ONU, António Guterres está "alarmado" com os relatos do assassínio de dezenas de civis na segunda-feira no estado de Kachin, em Myamar (antiga Birmânia), defendendo que os responsáveis sejam "responsabilizados", disse o seu porta-voz.

De acordo com Guterres, as vítimas mortais neste ataque à bomba incluíam pessoas deslocadas internamente, muitas delas mulheres e crianças.

"O secretário-geral condena todas as formas de violência, incluindo a intensificação dos ataques militares em todo o país, que continuam a alimentar a instabilidade regional. O secretário-geral continua a exortar os países vizinhos, em particular, a alavancarem a sua influência", disse o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, em comunicado.

O líder das Nações Unidas reafirmou que "os civis devem ser protegidos de acordo com o direito humanitário internacional".

Pelo menos 29 pessoas morreram, incluindo 12 menores, e 50 ficaram feridas num alegado ataque do exército birmanês, num acampamento de deslocados, no norte do país, disseram fontes da equipa de resgate.

A maioria dos mortos são mulheres e crianças, acrescentaram as mesmas fontes, que participaram nos trabalhos de resgate e na transferência das vítimas para o hospital da cidade de Laiza, no estado de Kachin, junto à fronteira com a China.

Os números estão de acordo com os recolhidos pelos meios de comunicação locais e pela Organização Nacional Kachin, que afirmou na conta na rede social Facebook que mais de 20 civis, incluindo crianças, morreram durante o ataque de artilharia do exército birmanês, pouco antes da meia-noite de segunda-feira, numa zona perto de Laiza e junto a um campo de deslocados.