O primeiro-ministro lamenta as alterações climáticas, a guerra, a pandemia, a inflação.
António Costa garante que há boas razões para existir confiança no futuro, apesar das muitas "inquietações no mundo". A economia portuguesa está a mudar, de acordo com o primeiro-ministro, mesmo com a conjuntura internacional adversa.
Na cerimónia de inauguração do centro de inovação do Instituto Superior Técnico, o primeiro-ministro lembrou as alterações climáticas e as guerras antes de falar da evolução da sociedade e da economia portuguesa.
"Temos muitos motivos para inquietação relativamente ao mundo onde vivemos. Um mundo onde as alterações climáticas ameaçam a existência na nossa espécie na Terra; um mundo onde a guerra existe, com horror, seja no Médio Oriente, seja na Europa; um mundo que descobriu que há mesmo pandemia; que a inflação pode ser de novo uma realidade, que as taxas de juro são uma resposta dura para a inflação."
António Costa considera, no entanto, que "se nós olharmos para fundamentais, nós temos boas razões para poder estar confiantes no futuro". O primeiro-ministro compara o país atual com o de há 20 anos, notando que a maior mudança na sociedade portuguesa é o aumento das qualificações.
"No ano 2000, o abandono escolar precoce em Portugal era de 44%, 22 anos depois o abandono escolar precoce já caiu para 6%. Em 2000, concluíram por ano o mestrado dois mil alunos, em 2022 concluíram o mestrado 28 mil alunos. No doutoramento, concluíram em 2000 quinhentos alunos e em 2022 dois mil e cem alunos", detalha.
Para muitos podes ser uma "mudança impercetível", mas o primeiro-ministro assegura que "é a mudança mais estrutural que já se conheceu na sociedade portuguesa".