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Buscas em 54 locais de sete estados federais. Alemanha lança mega operação policial contra Hezbollah

A polícia alemã realiza buscas em centenas de edifícios em sete estados federais Daniel Reinhardt/AFP

Centenas de agentes realizam buscas em 54 edifícios de sete estados federais.

A polícia alemã lançou esta quinta-feira uma grande operação, com 54 buscas em sete regiões, contra um centro islamita suspeito de apoiar o movimento xiita libanês Hezbollah, anunciou o Ministério do Interior.

"Suspeita-se que o Centro Islâmico de Hamburgo (IZH) seja dirigido contra a ordem constitucional", avança o Ministério Federal do Interior, em comunicado, citado pelo jornal Di Welt. Além disso, a polícia alemã suspeita que o IZH apoiava o Hezbollah no Líbano.

Numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter), o Ministério Federal do Interior reitera que na investigação estão em causa "suspeitas sérias" e que a Alemanha "não tolera propaganda islâmica".

"Numa altura em que muitos judeus se sentem particularmente ameaçados, não toleramos a propaganda islamita nem as campanhas antissemitas e anti-israelitas", pode ler-se.

„Wir haben die islamistische Szene im Visier. Wir dulden keine islamistische Propaganda, keine antisemitische & israelfeindliche Hetze. Die Verdachtsmomente gegen das ‚Islamische Zentrum Hamburg" (IZH) wiegen schwer." BM'in @NancyFaeser

- Bundesministerium des Innern und für Heimat (@BMI_Bund) November 16, 2023

Na sequência da operação policial desta quinta-feira, centenas de agentes realizam buscas em 54 edifícios de sete estados federais, incluindo a Mesquita Azul (Imam Ali), em Hamburgo.

A Alemanha considera o Hezbollah uma organização terrorista e proibiu as suas atividades no país em abril de 2020.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, prometeu proteger os judeus na Alemanha ao comemorar o 85.º aniversário do pogrom (perseguição) nazi da Noite dos Cristais, há uma semana, num contexto de ressurgimento de atos antissemitas desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas, no início de outubro.

A Alemanha e muitos outros países temem também que o conflito no Médio Oriente se reacenda, nomeadamente no Líbano, através do Hezbollah.

Notícia atualizada às 09h29