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Kalashnikov aumenta produção em 30% para atender às necessidades da Rússia

Monumento a Mikhail Kalashnikov, inventor da espingarda AK-47 Alexander Nemenov/AFP

Moscovo deverá subir as despesas com a Defesa em quase 70% até 2024.

O grupo Kalashnikov, um dos principais fabricantes de armas do mundo, aumentou a sua produção de armas em 30% para atender às necessidades do exército russo na Ucrânia, anunciou a empresa.

Num comunicado, a Kalashnikov lembra o lançamento do 'Projeto Konveiner', em julho de 2022, que envolveu a modernização tecnológica das fábricas.

O projeto incluiu a melhoria gradual dos processos de produção, a instalação de novos equipamentos e a modernização da linha de montagem, acrescentou a empresa russa.

Tudo isto permitiu à empresa satisfazer as encomendas das forças armadas dentro do prazo e com a qualidade exigida, explicou o diretor executivo da Kalashnikov, Andrei Barishnikov.

No início de novembro, a Kalashnikov rescindiu o contrato assinado com o exército russo em 2021, na véspera do início da guerra na Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, para o fornecimento da espingarda de assalto AK-12 modelo 2023.

Nesse sentido assinou novo contrato para a nova versão da AK-12, onde foram introduzidas várias modificações em relação ao modelo de 2018, incluindo uma mira telescópica dióptrica e um dispositivo de segurança bidirecional.

O contrato de fornecimento de espingardas de assalto é o mais longo assinado pela empresa, que também criou uma divisão especial para fabricar 'drones', aparelhos voadores não tripulados, para a atual campanha militar.

O consórcio, que está a ser alvo de sanções da União Europeia (UE), Estados Unidos, Reino Unido e de outros países por causa da guerra na Ucrânia, é o maior fabricante de armas de fogo ligeiras da Rússia.

Moscovo, que deverá subir as despesas com a Defesa em quase 70% até 2024, aumentou significativamente o ritmo de produção de armamento e equipamento militar nos últimos meses, de acordo com fontes dos serviços secretos ocidentais.