Política

Costa quer "águas safas" para novo navio da Marinha, construído com "solidariedade europeia"

António Costa Maria João Gala/Global Imagens

Costa pede "águas safas e ventos de feição" para o novo navio que deve estar operacional no segundo semestre de 2026.

Custa 132 milhões de euro, com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e de fundos estatais, e é uma plataforma naval multifuncional - um conceito desenvolvido pelo Almirante Gouveia e Melo - que permite investigar os oceanos, mas também está apta para operações de vigilância.

Um projeto "inovador", que reflete o objetivo do PRR, pensado na altura da pandemia, quando "estávamos todos focados noutras missões", como lembrou António Costa, dando o exemplo de Henrique Gouveia e Melo que estava "na organização e liderança da primeira vaga de vacinação".

"Permitiu salvar, seguramente, milhões de vida. Mas ao mesmo tempo em que cada um estava empenhado no combate imediato que a pandemia impunha, tínhamos de preparar o futuro pós pandemia", reforçou.

E o PRR serve, precisamente, "para fazer o que ainda não tinha sido feito", como é exemplo o futuro navio da Marinha, equipado com tecnologia de ponta. O contrato para a construção fica a cargo de estaleiros holandeses, o que mostra "a solidariedade europeia".

"A solidariedade europeia não é só unívoca. Muito do financiamento que a União Europeia fornece aos diferentes países, tem um retorno e uma distribuição múltipla para vários países, designadamente para os que mais contribuem para o seu desenvolvimento", lembrou.

Na Marinha chamam-no "navio do PRR", revelou o Chefe do Estado-Maior da Armada, Henrique Gouveia e Melo, mas o nome oficial é D. João II, "um homem muito à frente do seu tempo e um dos nossos mais notáveis reis".

Gouveia e Melo salienta que D. João II "tornou Portugal numa referência incontornável da história mundial" com o seu percurso "determinado e visionário".

E, por último, o desejo de António Costa, para que "águas safas e ventos de feição acompanhem este projeto", que deve estar concluído no segundo semestre de 2026.

O navio terá tecnologia de ponta que vai permitir a monitorização dos oceanos e investigação oceanográfica bem como o acompanhamento da ecologia marinha, mas também apto para operações de emergência, vigilância, investigação científica e tecnológica e monitorização ambiental e meteorológica.

Consoante a função a desempenhar, podem ser colocadas nesta plataforma equipas especializadas para determinados períodos de tempo em missões específicas.