O candidato à liderança do PS falou aos militantes, em Évora, no Palácio D. Manuel.
O candidato à liderança do PS Pedro Nuno Santos apresentou-se aos militantes na sexta-feira, em Évora, onde não poupou críticas à direita. Para o socialista, não há dúvidas de que o Chega é o "aliado nunca assumido" do partido de Luís Montenegro, que, afirmou, nunca contestou aliança do PSD nos Açores.
Pedro Nuno começou por destacar aquilo que o Governo do PS fez nos últimos oito anos e que o PSD afirmava ser impossível, desde o aumento salarial previsto para 2024, a recuperação do poder de compra e redução de divida pública.
"Aliás, há uma famosa entrevista a Pedro Passos Coelho em que um jornalista lhe pergunta: "E se algum dia conseguirem provar que é possível?" E Pedro Passos Coelho disse: "se algum dia conseguirem provar que é possível (...) eu vou apelar ao voto do PS"", lembrou Pedro Nuno, no Palácio D. Manuel.
"Nós conseguimos", reiterou, lançando mais umas farpas à direita.
Para o socialista, o PSD "não conhece outra estratégia que não seja a do empobrecimento" e tem um "aliado não assumido" (o Chega).
"Esse aliado de nacionalista populista em Portugal será um aliado nunca assumido. Mas nós sabemos o que fizeram nos Açores. Dois dias antes ainda das eleições, garantiram que nunca fariam uma aliança com o Chega. Bastaram dois dias para fazerem essa aliança e nunca vimos Luís Montenegro a contestar e criticar", concluiu.
Sobre o congresso do PSD para discutir os estatutos do partido, que se realiza este sábado, em Almada, Pedro Nuno disse que será a "oportunidade" do país assistir a todo este "desfile" e assegura, por outro lado, que nota-se "as prioridades que o PSD dão ao país".