Política

Falta de resposta no SNS? IL diz que privados devem ser opção para atender utentes

O líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha Rodrigo Antunes/Lusa

Rui Rocha considera que as pessoas não podem continuar "reféns" e a "fazerem centenas de quilómetros para encontrarem uma urgência".

O presidente da Iniciativa Liberal (IL) insistiu, esta segunda-feira, que os privados devem ser uma opção para resolver os problemas do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Rui Rocha passou esta manhã pelo centro de saúde de Mem Martins, em Sintra, onde defendeu um SNS mais flexível.

"Não podemos aceitar que estas situações continuem a existir, [por isso] temos de dar às pessoas a possibilidade de se dirigirem onde houver a possibilidade de serem atendidas. Se o SNS não consegue responder, há outra capacidade instalada no país através dos serviços de natureza social ou privada e é preciso que as pessoas possam ser atendidas onde há solução", afirmou.

"Não podemos continuar a ter as pessoas reféns, à chuva, ao frio, à porta de centros de saúde, a fazerem centenas de quilómetros para encontrarem uma urgência. Temos mesmo de mudar isto", vincou.

Trinta e nove serviços de urgência em todo o país vão estar limitados durante esta semana, incluindo algumas áreas mais críticas, como a Via Verde AVC.

Segundo o novo plano de reorganização da rede dos serviços de urgência do SNS, para o período entre 3 e 9 de dezembro, esta semana verifica-se a alteração em alguns pontos da rede, mantendo-se 44 serviços de urgência a funcionar em pleno (53%), e nos outros 39 vai haver constrangimentos nalgumas especialidades.

O plano indica que as especialidades com mais constrangimentos nas urgências são cirurgia geral, pediatria, ortopedia e ginecologia e obstetrícia, mas há cinco hospitais que apresentam em alguns dias limitações nas urgências da Via Verde AVC, designadamente Viana do Castelo, Guimarães, Guarda, Leiria, Santarém e Garcia de Orta, em Almada.

Na Região Norte, que tem 29 pontos de urgência, serão afetadas 13 urgências em algumas especialidades. No Centro estarão limitados oito dos 17 pontos e na Região de Lisboa e Vale do Tejo 15 das 19 urgências estarão a funcionar condicionadas em algumas especialidades.

A Região do Alentejo tem um dos 12 pontos de urgência limitados e no Algarve duas das seis urgências estarão condicionadas.