São vários os incêndios ativos no país, nomeadamente em Ponte da Barca, Ponte de Lima, Penafiel, Castelo de Paiva, Arouca e Nisa. Acompanhe na TSF
Cerca de 150 habitantes de quatro aldeias de Ponte da Barca estão a ser retiradas das suas habitações, por razões de segurança, face à proximidade das chamas do incêndio que deflagrou, sábado, no Parque Nacional da Peneda-Gerês.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo, adiantou que “os habitantes dos lugares da Igreja, em Britelo, Sobredo, Germil e Lourido, na Serra Amarela, no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) estão a ser concentrados nos pontos da Aldeia Segura, definidos para cada uma das localidades, para serem transferidos para o centro escolas de Entre Ambos-os-Rios”.
O comandante responsável pelas operações ao incêndio que lavra desde segunda-feira em Ponte de Lima disse estar “preocupado” com a frente de fogo que ameaça a freguesia de Vitorino de Piães e que não conta com apoio de meios aéreos.
“Nesta altura [17h19] a frente de fogo que mais me preocupa é a de Vitorino de Piães. Houve um aumento da intensidade do fogo. Continua a ter seis quilómetros de extensão, mas as chamas aumentaram de intensidade”, referiu Carlos Lima.
Carlos Lima, que é também comandante dos Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima, no distrito de Viana do Castelo, adiantou que o “vento forte e a temperatura elevada determinaram o aumento da intensidade do fogo”.
“Temos ainda uma segunda frente ativa, com pequenos reacendimentos em Rebordões (Santa Maria) freguesia onde o incêndio deflagrou na segunda-feira, às 22h47 e, na Correlhã”.
Segundo Carlos Lima, a “estratégia definida passa por impedir que o incêndio passe o estradão que circunda todo Monte da Nó”.
“Temos lá uma máquina de rastos a melhorar o caminho e estamos a posicionar meios para que as chamas, ao ultrapassar o estradão, irá em direção às habitações de Vitorino de Piães”, especificou.
A situação dos incêndios em Arouca "está estabilizada", embora com alguns reacendimentos, e sem desenvolvimentos que suscitem "maior preocupação", segundo comunicado divulgado há minutos pela Câmara Municipal do concelho, citando informações da Proteção Civil.
"A situação estabilizada no município" de Arouca, lê-se na nota da Câmara que cita informações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Adiantando que e embora se tenham verificado "vários reacendimentos", estes "têm sido prontamente combatidos pelos meios terrestres com o apoio das máquinas de rastos e meios aéreos, não havendo, presentemente, nenhuma situação que suscite maior preocupação".
A Proteção Civil invocou a falta de condições de segurança, devido à falta de visibilidade, para empenhar mais aeronaves no combate aos incêndios rurais no norte de Portugal, em particular no concelho de Arouca.
Em declarações aos jornalistas, o adjunto de operações nacional, Carlos Pereira, disse que a partir das 14h00 de hoje houve "uma dificuldade extremamente elevada de empenhar meios aéreos" para o incêndio de Arouca, devido à falta de visibilidade por causa do fumo no céu.
Segundo Carlos Pereira, havia "falta de condições de visibilidade e de segurança" para os pilotos manobrarem as aeronaves.
Até às 17:00 de hoje, o fogo de Arouca, que deflagrou na segunda-feira, já consumiu uma área de mais de seis mil hectares, de acordo com o responsável, que fazia o balanço dos incêndios rurais em curso em Portugal continental, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Oeiras.
Para o incêndio de Arouca foram mobilizados hoje dois meios aéreos, mais de 700 operacionais e mais de 200 viaturas.
Acima no mapa, no concelho de Ponte da Barca, distrito de Viana do Castelo, o combate às chamas envolveu mais de 400 operacionais, mais de 120 viaturas e nove meios aéreos (partilhados entre Portugal e Espanha).
O presidente da Liga dos Bombeiros, António Nunes, considera que a explicação do secretário de Estado da Proteção Civil sobre as declarações da ministra da Administração Interna são razoáveis e afirma que os meios aéreos são importantes no combate aos incêndios, mas nem sempre são a opção mais eficaz.
"Há aí um fator psicológico. É que, de facto, o aparecimento do meio aéreo dá uma tranquilidade às populações. E não só às populações, também aos senhores autarcas. Muitas das vezes os meios aéreos que estão a ser empenhados num determinado teatro de operações têm uma eficácia baixa ou mesmo nula, mas dá essa tranquilidade e isso também é importante", disse António Nunes em declarações à TSF.
Portugal pediu assistência de satélite à União Europeia (UE), através do sistema Copernicus, mas ainda não ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, indicou esta quarta-feira à Lusa a Comissão Europeia.
Segundo a Comissão Europeia, "ainda não foi feito um pedido para ativar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil", mas a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) pediu imagens de satélite para os incêndios que afetam os municípios de Arouca, no distrito de Aveiro, e Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo.
Numa altura em que as chamas em Ponte da Barca têm ameaçado o Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), o representante de organizações não governamentais de ambiente do conselho estratégico daquele espaço lamenta que esta seja uma zona utilizada para "encher discursos políticos", que não acompanham o investimento nos "recursos" necessários para preservar o parque.
"A Mata do Cabril é uma zona de reserva integral e, se o fogo lá entrar, não há nada a fazer, vai arder mais uma semana", assegura o também fundador do Fundo para a Proteção dos Animais Selvagens, Miguel Dantas da Gama, em declarações à TSF.
A Estrada Nacional 18 (EN18), no distrito de Portalegre, estava esta quarta-feira cortada, pelas 16h00, entre Vila Velha de Ródão e Nisa, devido a um incêndio, anunciou a GNR.
Numa atualização do balanço sobre as vias interditadas devido aos incêndios rurais, às 16h00 mantinha-se igualmente cortada a Autoestrada 41 (A41), nos dois sentidos, entre Paços de Ferreira e Espinho, no distrito do Porto, também devido a um incêndio.
Um helicóptero ficou inoperacional durante o combate aos fogos em Arcos de Valdevez, depois de ter tido um acidente durante a aterragem. O incidente não provocou feridos, mas a aeronave está a ser defendida pelos bombeiros junto ao fogo.
"Era um pequeno reacendimento. O helicóptero ia aterrar para irem socorrer e apagar o incêndio. Na aterragem, como estava a aterrar num campo com latadas, uma hélice embateu num dos arames e danificou a hélice. Foi feita uma aterragem de emergência, mas felizmente feridos nem prejuízos de maior, com a exceção da pá do helicóptero que ficou inoperacional", disse Olegário Gonçalves, presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, em declarações à RTP.
O acidente deu-se na freguesia de São Jorge, junto ao incêndio de Ponte da Braca, onde existiu um pequeno reacendimento. Na aeronave estavam cinco pessoas: uma equipa da GNR e o piloto.
"O helicóptero está no local. O fogo está muito próximo, mas penso que não irá haver nada de maior, porque temos vários elementos dos bombeiros a tentar que o helicóptero não seja atingido e o fogo será extinto", antevê.
Olegário Gonçalves explica ainda que o helicóptero "vai ser reparado no local", mas já tem "garantias de que será substituído" por outro.
O presidente da Câmara de Ponte da Barca pediu esta quarta-feira ao Governo para acionar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil ou outros acordos bilaterais com outros países para combater o incêndio no PNPG.
"Falei com a ministra da Administração Interna. Pedi-lhe para acionar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil ou acordos bilaterais com Espanha ou com outros países que achar mais rápidos que ajudem a combater este flagelo, quer em Ponte da Barca quer no país", afirmou à Lusa, Augusto Marinho.
O pedido do autarca social-democrata surge depois vários apelos que tem vindo a dirigido ao Governo, sem sucesso, para reforço dos meios aéreos para combate ao incêndio que começou no sábado no Parque Nacional da Peneda-Gerês.
"É impossível combater este incêndio com apenas um meio aéreo. Esta frase diz tudo. Estou indignado, revoltado", afirmou à Lusa Augusto Marinho.
O Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia visa coordenar a resposta a emergências e desastres, oferecendo assistência a países afetados por catástrofes naturais ou de origem humana.
Um incêndio deflagrou esta quarta-feira em Algueirão Mem-Martins, em Sintra, e está a mobilizar mais de cem bombeiros.
De acordo com o site da Proteção Civil, pelas 14h58 estavam no terreno 125 bombeiros, apoiados por 31 viaturas e um meio aéreo.
A povoação de Aguiar de Sousa, em Paredes, está ameaçada pelas chamas do incêndio que deflagrou hoje às 10:47 em Recarei, naquele concelho do distrito do Porto, revelou à Lusa fonte dos bombeiros de Cête.
"Há habitações e pessoas em risco", revelou a fonte daqueles bombeiros voluntários do concelho de Paredes.
Segundo informação disponível na página de Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 14h55 o incêndio estava a ser combatido por 118 operacionais, apoiados por 38 viaturas e dois meios aéreos.
Devido ao fogo, a Autoestrada 41 (A41), que passa em Recarei, foi cortada ao trânsito no início da tarde entre Paços de Ferreira (Porto) e Espinho (Aveiro).
O incêndio em Ponte da Barca, distrito de Viana do Castelo, que começou no sábado, já alastrou ao concelho de Terras de Bouro. A TSF falou com o comandante dos bombeiros voluntários daquela vila minhota, José Amaro, que adiantou que estão a fazer a proteção a duas aldeias.
O incêndio em Ponte da Barca está, por esta altura, a ser combatido por cerca de 400 operacionais.
O autarca de Ponte da Barca adianta que as chamas estão a cerca de 300 metros de Germil. À TSF, destaca o trabalho "importantíssimo" dos operacionais no terreno, que estão a fazer um combate "apeado", mas ressalva que até uma "pequena intervenção de meios aéreos era fundamental".
Augusto Marinho confessa estar "preocupado" com o agravamento das condições climatéricas, a partir das 12h00, estando previsto períodos de vento. O presidente da câmara nota que o combate às chamas "não se pode fazer com projeção de água" e isso cria "dificuldades acrescidas".
"É uma situação sensível porque, se não se conseguir neste ponto controlar, isto pode evoluir de forma muito preocupante", admite.
O incêndio que deflagrou no sábado em Ponte da Barca, no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), alastrou na manhã desta quarta-feira ao concelho vizinho de Terras de Bouro, no distrito de Braga, indicou fonte da Proteção Civil.
Em declarações à agência Lusa, pelas 11h40, o comandante Marco Domingues, do comando sub-regional do Ave, disse que o fogo entrou na manhã desta quarta-feira no concelho de Terras de Bouro, acrescentando que os meios estão no terreno a combater as chamas e a fazer proteção no sentido de impedir que o incêndio chegue a algumas localidades de Terras de Bouro, em pleno PNPG.
O presidente da Câmara de Terras de Bouro, Manuel Tibo, indicou à Lusa que o incêndio segue na direção das localidades de Coutelo, Vergaço e Cortinhas.
Segundo o comandante Marco Domingues, “os meios estão espalhados pelo perímetro, num momento crucial” das operações, esperando que o incêndio “não progrida muito mais” para o concelho de Terras de Bouro, apesar de durante a tarde haver previsão de ventos.
“Estamos no terreno a tentar conseguir controlar a situação. Durante a tarde poderemos ter algumas surpresas desagradáveis devido à meteorologia”, alertou este operacional.
A Autoestrada 41 (A41), no distrito do Porto, foi cortada ao início desta tarde entre Paços de Ferreira e Espinho, em ambos os sentidos, indicou a GNR, numa atualização das vias interditadas devido aos incêndios rurais.
O balanço refere-se à situação às 12h30, segundo a nota divulgada, e mantém os dois cortes anteriormente registados na Estrada Nacional 225 (EN225), entre Alvarenga/Nespereira e Vila Viçosa - Travanca, no distrito de Aveiro, e na EN18, entre Vila Velha de Ródão (distrito de Castelo Branco) e Nisa (Portalegre).
Em diferentes localidades das regiões Norte, Centro e Alentejo foram nos últimos dias evacuadas povoações, por prevenção, com os autarcas a pedirem mais meios operacionais para o terreno. Alguns bombeiros ficaram feridos sem gravidade durante as operações e houve também moradores assistidos.
O autarca de Ponte de Barca reforça o apelo por meios aéreos para combater o incêndio em Lindoso, numa altura em que as chamas estão a evoluir em direção à aldeia de Germil, no Parque Nacional da Peneda-Gerês.
Em declarações à TSF, Augusto Marinho volta a pedir a presença de meios aéreos no terreno possam ser mobilizados para essa zona do Parque Nacional da Peneda-Gerês, de modo que as chamas não ameacem a população.
"A maior preocupação prende-se com a aldeia de Germil. Uma frente evoluía na sua direção, neste momento está a chegar à aldeia. É um cenário muito difícil e eu espero — ainda não tenho esta informação — que haja meios aéreos para ajudar neste combate", adianta.
Augusto Marinho explica que, por esta ser uma zona de montanha, "não é possível deslocar meios terrestres para o combate", pelo que a presença de meios aéreos "é fundamental".
O autarca social-democrata revela que a população “ainda não foi retirada da aldeia porque os bombeiros estão a avaliar todas as possibilidades”.
Estas informações têm sido também transmitidas ao Presidente da República e ao secretário de Estado da Proteção Civil, que têm estado a acompanhar a situação.
Segundo o site da Proteção Civil, pelas 9h30, 402 operacionais, apoiados por 134 meios terrestres e duas aeronaves combatem as chamas na região de Lindoso.
O incêndio que deflagrou na segunda-feira em Arouca já consumiu 4000 hectares de área e provocou muitos prejuízos que têm de ser avaliados, disse esta quarta-feira a presidente do município do distrito de Aveiro, Margarida Belém.
Em declarações aos jornalistas num ponto de situação feito às 10h00, junto ao quartel dos bombeiros de Arouca, Margarida Belém disse que terá de ser feita uma "avaliação exaustiva" dos "prejuízos para a comunidade".
"Não temos nenhuma casa de primeira habitação ardida, mas temos muitos danos em habitações. O foco é recuperar o território assim que as condições o permitirem (...) É momento para agradecer, mas também de fazer a avaliação dos estragos. Em área ardida, só no território de Arouca são 4.000 hectares. Há prejuízos e tem de ser feita uma avaliação cuidada", referiu a autarca socialista.
Ao terceiro dia de incêndio, Maria Belém disse estar "bem mais descansada", mas em causa está, lembrou, "um território tão vasto onde as possibilidades de reacendimento são grandes", pelo que "a preocupação continua".
"Os ventos são fortes e podem mudar, as dificuldades são imensas", disse a autarca, indo ao encontro da análise do comandante de operações de socorro, Hélder Silva, segundo o qual "neste momento o incêndio está muito mais calmo, mas mantém três frentes".
São elas Arouca, com 80% em resolução, Castelo de Paiva para Cinfães, com 30% em resolução, e Fornelos/Travanca, que "requer atenção pela dificuldade de acessos", especificou o comandante.
"Não há neste momento casas em risco, mas os terrenos e os acessos são muito difíceis. Pode haver ventos que façam com que o incêndio progrida para habitações. Temos todos os meios empenhados no terreno, cinco meios aéreos a trabalhar, seis máquinas de rastos a fazer consolidação do perímetro. Este incêndio é enorme. É muito demorado", disse Hélder Silva.
O comandante afirmou que durante a noite foi possível fazer trabalhos de consolidação, mas, reforçando que "neste momento não há populações ameaçadas", foi cauteloso quanto ao dia de hoje: "Não quer dizer que não possa haver alguma inconstância nos ventos. Temos de estar muito atentos", disse.
O incêndio que lavra desde segunda-feira em Castelo de Paiva, no distrito de Aveiro, entrou em fase de rescaldo e vigilância, indicou esta quarta-feira a Câmara Municipal.
"Neste momento não existem frentes de fogo ativas no nosso concelho. Atualmente, os elementos da proteção civil encontram-se no terreno em fase de rescaldo e contínua vigilância", lê-se num ponto de situação publicado cerca das 10h30 nas redes sociais do Município de Castelo de Paiva.
A Câmara de Castelo de Paiva acrescenta que está condicionada a circulação na Estrada Nacional (EN) 224, entre Castelo de Paiva e Arouca, e pede à população que siga as instruções das autoridades.
O incêndio que começou Arouca e que, entretanto, alastrou a concelhos vizinhos obrigou nas últimas horas à evacuação de duas aldeias do concelho de Cinfães.
Em declarações à TSF, Carlos Cardoso, vereador da Proteção Civil daquela autarquia, adianta que há várias frentes ativas na freguesia de Nespereira, Fornelos e Travanca. As chamas já alastraram, contudo, à freguesia de Moimenta, São Cristóvão e Santiago de Piais.
"Isto envolve muitos meios e um grande esforço também por parte dos operacionais, que neste momento acabam por estar já exaustos com este esforço", ressalva.
A aldeia de Arrojo, em Fornelos, e a aldeia de Gôjo, na Moimenta, tiveram de ser evacuadas "por precaução", sendo que a população foi encaminhada para o Centro Social de São Martinho de Fornelos e Centro Comunitário de Moimenta, respetivamente, para que pudessem receber "todos os cuidados e alimentação".
Não há, ainda assim, feridos ou quaisquer danos materiais a registar.
O vento com "grande intensidade" tem dificultado os trabalhos no terreno. Segundo o site da Proteção Civil, 787 operacionais, apoiados por 263 meios terrestres e sete aeronaves, estão a combater as chamas.
O incêndio que deflagrou na segunda-feira em Ponte de Lima tem hoje uma frente ativa de seis quilómetros que chegou à freguesia Vitorino de Piães e que ameaça habitações localizadas na linha de fogo, disse o comandante de operações.
Em declarações à agência Lusa, às 09h30, Carlos Lima lamentou a falta de meios aéreos no combate às chamas para travar esta frente de fogo.
"Esta frente está a preocupar-nos muito. O vento está a favor dos bombeiros. A única dificuldade é aceder à frente de fogo. A informação que tenho é que não há meios aéreos para este teatro de operações. Dizem-nos que há outras prioridades no país e que para este incêndio não há disponibilidade de meios aéreos", referiu.
Segundo Carlos Lima, nas freguesias Rebordões (Santa Maria), Correlhã, Facha e Seara há "pequenos reacendimentos que os bombeiros, exaustos, vão conseguindo resolver".
De acordo com o 'site' da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 09h47, o fogo mobilizava 162 operacionais, apoiados por 46 viaturas.
O incêndio que lavra em Castelo de Paiva, no distrito de Aveiro, continua com focos ativos, mas a situação está mais controlada" esta quarta-feira, disse o presidente da Câmara Municipal, acreditando que durante o dia entre em resolução.
Fazendo um ponto de situação à Lusa cerca das 09h00, José Rocha indicou que "a situação está mais controlada".
"Se as condições ajudarem e se não houver nada de transcendente, esperamos que hoje fique resolvido", disse o autarca.
Segundo José Rocha, pelas 09h00, os focos mais críticos situavam-se na zona de Gondra e São Pedro do Paraíso, e ao início da manhã ocorreu um foco em Carreiros, "mas os bombeiros estão a evitar reacendimentos".
Quanto ao recurso a meios aéreos, o autarca disse que aguarda indicações, mas "dada a concentração de fumo muito intensa" admite que "haja muita dificuldade".
"A má visibilidade não permite segurança para os operadores. Aguardamos indicações, mas o fumo é muito", resumiu.
Pelas 06h30 desta quarta-feira, na página oficial da Proteção Civil há registo de seis fogos ativos, considerados significativos, em Ponte da Barca e Ponte de Lima (Viana do Castelo), Penafiel (Porto), Castelo de Paiva e Arouca (Aveiro) e Nisa (Portalegre), que estão a ser combatidos por 1756 operacionais e 570 meios terrestres.
Arouca continua a ser o local onde se concentram mais esforços no combate às chamas. É lá que estão mobilizados mais de 750 bombeiros, apoiados por 250 viatura. Às 09h30, sete aeronaves também combatiam o fogo.
Três estradas nacionais dos distritos de Aveiro, Portalegre e Castelo Branco estão esta quarta-feira condicionadas devido a incêndios rurais, anunciou a GNR.
Segundo um ponto de situação às 08h20, em causa estão, no distrito de Aveiro, a Estrada Nacional (EN) 224, com corte nos dois sentidos entre Arouca e Real, e a EN 225, com corte entre Alvarenga/Nespereira e Vila Viçosa -- Travanca, também nos dois sentidos.
No comunicado enviado às redações, a GNR acrescenta, em Portalegre, a EN 18, com corte entre Vila Velha de Ródão (distrito de Castelo Branco) e Nisa (distrito de Portalegre), igualmente nos dois sentidos.
A GNR aproveita para apelar "ao contributo de todos na prevenção e combate aos incêndios", pedindo que se abstenham de praticar atividades consideradas de risco, como a realização de fogo junto a áreas florestais, e sigam as indicações das autoridades que se encontram no terreno.
Pede ainda que se evite a colocação de veículos nas vias utilizadas pelas viaturas de socorro, para não prejudicar o acesso aos locais de combate, bem como deslocações para as zonas dos incêndios, se não estiver envolvido no combate.
O incêndio que deflagrou na terça-feira no concelho de Nisa, distrito de Portalegre, foi dado esta manhã como dominado, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Cerca das 07h45, este incêndio mobilizava ainda 297 operacionais e 98 meios terrestres.
O alerta para este fogo, em zona florestal, foi dado ao início da tarde de terça-feira e levou, por precaução, à retirada de habitantes de aldeias do concelho, nomeadamente Vinagra, São Simão e Pé da Serra.
Durante a madrugada foram dominados os incêndios em Penamacor, distrito de Castelo Branco, e em Alcanena, Santarém.
Às 07h50 maninham-se ativos os fogos em Arouca, distrito de Aveiro, Ponte de Lima e Ponte da barca, ambos no distrito de Viana do Castelo, e de Penafiel, no Porto, segundo o 'site' da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Grande parte do interior norte e do centro do país, em particular Bragança, Guarda e Castelo Branco, estão esta quarta-feira em perigo máximo de incêndio rural, segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Esta previsão abrange sobretudo os concelhos dos distritos de Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Coimbra e Santarém.
De acordo com o IPMA, a situação de perigo máximo de incêndio rural irá manter-se nos próximos dias nas mesmas regiões, agravando-se em alguns concelhos do Algarve.
Este perigo, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo. Os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.
A previsão meteorológica do IPMA para esta quarta-feira indica tempo quente com céu pouco nublado ou limpo, vento moderado a forte nas terras altas, podendo atingir até 40 km/hora, e uma descida da temperatura no litoral centro.
Com exceção do Algarve, todo o território continental está sob aviso amarelo, com as temperaturas máximas mais elevadas a registarem-se em Évora (40 graus), Santarém e Beja (39 graus).
Os incêndios em Penamacor, distrito de Castelo Branco, e em Alcanede, Santarém, foram considerados dominados pelos bombeiros durante a madrugada, disse à Lusa fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Segundo a mesma fonte, o incêndio que começou na segunda-feira à tarde na localidade de Aranhas, Penamacor, foi dado como dominado cerca das 00h50 desta quarta-feira.
Segundo a informação mais recente na página da ANEPC, cerca das 06h30 este incêndio mobilizava 397 operacionais e 133 meios.
O incêndio em Alcanede, cujo alerta foi dado ao início da tarde de terça-feira, foi dominado pelas 04h10, referiu aquela fonte da ANEPC.
Este incêndio estava ainda a ser combatido por 387 pessoas, apoiadas por 121 meios terrestres.
Bom dia! Abrimos este liveblog para acompanhar os incêndios que continuam a assolar Portugal continental. Acompanhe na TSF.