O protesto de polícias da PSP por melhores condições salariais e de trabalho prossegue esta terça-feira, após centenas de agentes se terem concentrado na segunda-feira frente ao Parlamento e à Câmara do Porto e de comandos terem parado as viaturas.
Sem resposta por parte da tutela, os profissionais da polícia mantêm o protesto, que começou esta segunda-feira e se alastrou a várias cidades do país e ilhas. Reclamam melhores condições de trabalho e salários.
Em declarações à TSF, Paulo Santos, dirigente da Associação dos Profissionais da Polícia, lamenta que ainda não tenham sido contactados por alguém da tutela ou com responsabilidades nesta área.
“Relativamente aos contactos quer do MAI, quer da direção nacional da PSP, não fomos contactados por nenhuma entidade. Relativamente à mobilização do pessoal, até às duas horas da manhã junto à Câmara municipal do Porto ainda se encontravam alguns polícias, sei que junto ao Parlamento, na Assembleia da República, ainda se encontram elementos que também tiveram apoio de elementos da GNR, elementos da Guarda Prisional. Trata-se de uma participação espontânea e obviamente os sindicatos não poderiam ficar de fora”.
O dirigente da ASPP acusa o governo de falta de políticas e de nunca se ter preocupado em resolver os problemas da polícia e diz que este protesto vai continuar.
“Isto é o culminar de um conjunto de políticas que o governo não tem aplicado na resolução dos problemas que a PSP tem há muito tempo e que estão identificados. Problemas identificados junto do MAI, junto da tutela e que não não foram resolvidos, o governo deu respostas muito vagas, muita propaganda e muito assistencialismo, sem responder concretamente aos problemas que temos vindo a identificar. O que vamos fazer é tentar acompanhar, demonstrar solidariedade do ponto de vista sindical para com estes movimentos, que estão a está espontâneos e que estão a mobilizar muita gente. Estaremos a aompanhar, até quando... não sabemos! Sabemos que o governo está em gestão, ainda assim havia condições para, pelo menos, perceber aquilo que está a acontecer, haver um compromisso principalmente dos partidos que normalmente governam o país , um pacto de estabilidade, que pudesse colocar a segurança interna na agenda."
O protesto dos profissionais da PSP começou esta segunda-feira à tarde com a paragem dos carros de patrulha em Lisboa e alastrou-se para outros pontos do país.