Sociedade

Reabriu o "quase" hospital de Serpa

David Tiago/Global Imagens (arquivo)

Chamar "hospital" à unidade de saúde de Serpa foi sempre um exagero. Reabriu agora sem internamento médico, com atendimento até à meia noite a fazer as vezes de serviço de urgência e com médicos importados de Espanha.

A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) passou esta terça-feira a gerir o hospital de Serpa, no distrito de Beja, colocando em funcionamento o serviço de urgência, encerrado há vários meses, e a nova unidade médico-cirúrgica. É mais uma volta na longa vida do Hospital de S.Paulo.

O hospital de Serpa é o terceiro do grupo inicial de 15 que o Governo de Pedro Passos Coelho decidiu devolver para gestão das misericórdias.  O serviço de vai estar disponível das 08h00 às 24h00, indicou a UMP.

Em entrevista à TSF, Manuel de Lemos, presidente da UMP conta que entre dificuldades financeiras, pandemia e falta de pessoal foi muito difícil reabrir a porta do Hospital de Serpa. O passo decisivo foi dado com a entrada da União na gestão desta unidade em final do ano passado.

Mesmo assim,  as misericórdias continuam interessadas em gerir vários hospitais que já lhe pertenceram. Seriam uma espécie de Parcerias Público-Privadas, logo que o próximo Governo aceite rever e renovar o acordo que termina no final de 2024.

Gerido até agora pela Misericórdia de Serpa, o hospital tinha o serviço de urgência encerrado desde 30 de setembro de 2023.

A unidade médico-cirúrgica envolveu um investimento de 3,7 milhões de euros e vai substituir o bloco operatório do Hospital de São Paulo, desativado em 2005.
  

Dora Pires