Política

Eventual substituto terá de "quebrar paradigma" político na Madeira. PAN admite "reavaliar" acordo com Governo

Inês Sousa Real Leonardo Negrão/Global Imagens

Inês Sousa Real garante que para o partido aceitar um substituto de Miguel Albuquerque, é preciso renegociar os termos de acordo.

A porta-voz nacional do PAN, Inês Sousa Real, disse esta sexta-feira que quem substituir Miguel Albuquerque tem de “quebrar o paradigma” na Madeira e não exclui a possibilidade de uma renegociação do acordo com o Governo Regional (PSD/CDS-PP).

"Para nós é fundamental que se quebre o paradigma daquilo que tem sido até agora a governação na Madeira. É fundamental também darmos aqui um sinal muito positivo à sociedade de que as coisas não vão voltar a ser as mesmas”, disse à TSF Inês Sousa Real. 

"Qualquer diálogo terá que passar por uma total renovação daquilo que tem sido até aqui a governação”, acrescentou.

Questionada sobre uma renegociação do acordo, Inês Sousa Real admitiu que o partido terá de “avaliar essa situação”, de forma a “robustecer aquilo que são os termos do próprio acordo” e a garantir “que o que prevalece é o interesse público”.   

O PAN, que suporta o executivo madeirense depois de ter assinado um acordo de incidência parlamentar com o PSD naquela região, considerou na quarta-feira à noite que Miguel Albuquerque já não tem condições para se manter no cargo e indicou que apenas manterá o acordo se for indigitado um novo líder para o executivo. O PS/Madeira entregou esta sexta-feira a proposta de moção de censura ao Governo Regional (PSD/CDS-PP).

O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, foi constituído arguido, num inquérito que investiga suspeitas de corrupção, abuso de poder, prevaricação, atentado ao Estado de direito, entre outros crimes.

O processo envolve também dois empresários e o presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado, os três detidos numa operação policial desencadeada a 24 de janeiro na Madeira e em várias cidades do continente.

Dora Pires