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Irão condena "presença desestabilizadora" dos Estados Unidos no Médio Oriente

O MNE iraniano defende que o reforço da presença norte-americana "criará mais tensão" Atta Kenare/AFP (arquivo)

No sábado, o Pentágono anunciou a chegada ao Médio Oriente de aviões de combate norte-americanos B-52, um dia após ter anunciado novos destacamentos militares para "defender Israel"

O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano condenou esta segunda-feira a "presença desestabilizadora" dos Estados Unidos no Médio Oriente, após o anúncio de Washington sobre o envio de bombardeiros B-52 para defender Israel.

"Nós sempre acreditámos que a presença norte-americana na região era uma presença desestabilizadora", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Esmail Baghai, durante a sua conferência de imprensa semanal.

No sábado, o Pentágono anunciou a chegada ao Médio Oriente de aviões de combate norte-americanos B-52, um dia após ter anunciado novos destacamentos militares para "defender Israel", um aliado próximo dos Estados Unidos.

"O reforço da presença [norte-americana] criará mais tensão e certamente não afetará a nossa determinação em nos defendermos", acrescentou Baghai, em resposta a uma pergunta sobre a chegada de bombardeiros norte-americanos.

Em 26 de outubro, aviões de guerra israelitas realizaram ataques contra instalações militares no Irão, em retaliação pelos lançamentos de mísseis iranianos contra Israel em 1 de outubro. O Irão reportou "danos limitados" e quatro soldados mortos, além de um civil.

O Irão declarou que o seu ataque de 1 de outubro foi uma resposta ao assassínio dos líderes do movimento xiita libanês Hezbollah e do grupo islamita palestiniano Hamas.

Israel alertou o Irão contra a retaliação pelo seu ataque, enquanto Teerão prometeu responder.

A troca de ameaças entre o Irão e Israel acontece quando o exército israelita está em guerra contra o Hezbollah no Líbano e contra o Hamas na Faixa de Gaza, dois grupos aliados do Irão.

O Presidente iraniano, Massud Pezeshkian, afirmou no domingo que um possível cessar-fogo entre os aliados de Teerão e Israel poderá influenciar a resposta do seu país aos ataques israelitas.

Lusa