Para o primeiro-ministro, o tema das migrações "é incontornável na vida do país, da Europa e de todo o mundo"
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, revelou esta segunda-feira que a AIMA vai sofrer uma reestruturação e considerou que as novas regras para a imigração servirão para dar "dignidade às pessoas", recusando ligar a chegada de estrangeiros à criminalidade.
"Não há nenhuma relação direta entre a nossa capacidade de acolher imigrantes e aumentos de índices de criminalidade. Há crimes cometidos por portugueses e por estrangeiros. Não vale a pena estigmatizarmos as comunidades à boleia de episódios que são casuísticos", disse o primeiro-ministro antes de António Leitão Amaro apresentar o Plano de Ação para as Migrações.
Para Luís Montenegro, este tema "é incontornável na vida do país, da Europa e de todo o mundo", até porque Portugal passa por "um definhamento demográfico".
"A verdade é que nós precisamos em Portugal, em quase todas as áreas de atividade, de dar mais recursos humanos para podermos tirar partido da nossa capacidade", considera o líder do Executivo, acrescentando que os "imigrantes vêm fortalecer o tecido económico" de Portugal.
"Nós entendemos que é preciso regular a imigração para dar dignidade às pessoas. Nós entendemos que Portugal não vai estar de porta fechada a quem quer ter essa oportunidade. Nós precisamos de quem nos ajude a criar uma sociedade mais justa e mais próspera (...) Quando perspetivamos um país que acolhe e recebe, mas também que cuida e trata, nós perspetivamos o respeito pelas pessoas e por isso temos de ter regras", esclarece.
E Luís Montenegro aponta ainda para o que está mal: "A AIMA não está a funcionar bem, por isso vamos ter de a reestruturar."