O cabeça de lista da União Nacional, Jordan Bardella, continua bem à frente das intenções de voto
A faltarem dois dias das eleições europeias em França, a mais recente sondagem da Ipsos volta a colocar o líder do partido de extrema-direita, Jordan Bardella, na liderança. Atrás, Valérie Hayer no segundo lugar, à frente do candidato socialista Raphaël Glucksmann e Manon Aubry da França Insubmissa.
O cabeça de lista da União Nacional, Jordan Bardella, continua bem à frente das intenções de voto, segundo a sondagem da Ipsos, com 32% dos votos. Muito atrás está a candidata da maioria presidencial, Valérie Hayer, com 15,5% das intenções de voto. No entanto, o socialista Raphaël Glucksmann reforça a vantagem e aproxima-se do partido no poder, com 13,5%.
Na recta final da campanha eleitoral para as europeias, a maioria presidencial do partido Renascença está muito atrás do partido de extrema-direita de Marine Le Pen. O partido de Emmanuel Macron quer acreditar, até ao fim, que tudo pode ainda mudar.
“Se amanhã a França enviar uma grande delegação de extrema-direita [ao Parlamento Europeu], e se outros grandes países o fizerem, a Europa poderá ficar bloqueada”, alertou esta quinta-feira o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron.
O campo presidencial quer combater os prognósticos das sondagens, afirma a candidata do partido Renascença, Valérie Hayer: "Será que vamos acordar e perceber o que significa ter uma extrema direita a 40%. Repito: 40%. Até dia 9 não ouçam candidatos vazios, não ouçam os que esperam que baixemos os braços. Nada está decidido."
Os membros do partido do poder reafirmaram que nada está garantido, foi o caso do primeiro-ministro francês, Gabriel Attal. "Esta eleição não pode ser uma roleta-russa. Os francês que gostam da França, os eleitores querem mesmo que a França envie o primeiro batalhão de extrema-direita ao parlamento. Querem mesmo que o rosto da França passe, em 45 anos, do rosto de Simone Veil ao de Marine Le Pen?", questionou.
Como afirma na ala do partido centrista Movimento Democrático, MoDem, François Bayrou, "Não é nos comícios que se joga a campanha eleitoral". Neste último dia de campanha, os candidatos tentam dirigir-se aos eleitores, discutir, convencer até ao último momento.