Pedro Nuno Santos voltou a admitir que “nem tudo está bem” e são precisas mudanças no país.
A rota de Pedro Nuno Santos por Portugal Insular terminou na Madeira e o caso judicial, que tem marcado o dia a dia dos madeirenses e deitou abaixo o Governo de Miguel Albuquerque, foi arma de arremesso. Albuquerque quer voltar a candidatar-se à presidência do PSD Madeira, Montenegro “faria diferente” e para Pedro Nuno “tem bom remédio”.
Há uma “procuração” que está nas mãos de Luís Montenegro, garante Pedro Nuno Santos, que desafia o adversário político a não dar o aval a Miguel Albuquerque.
“Luís Montenegro disse que faria diferente, se pudesse. Mas o PSD tem um líder. Se Luís Montenegro acha que Miguel Albuquerque deveria fazer o mesmo de António Costa e não se candidatar, tem bom remédio: não passa a procuração. Para qualquer candidato na Madeira ser candidato, precisa de uma procuração do líder do partido”, atirou.
“Procuração” que Pedro Nuno Santos diz que é obrigatória, apesar de os estatutos do PSD conferirem às estruturas regionais “estatutos próprios aprovados pelos Congressos Regionais”, garantindo a autonomia dos partidos.
Antes de Pedro Nuno Santos, subiu ao púlpito o líder do PS Madeira (e ainda secretário de Estados das Comunidades), Paulo Cafôfo, que seguiu o guião para criticar Miguel Albuquerque e o PSD local. Agradeceu ainda a Pedro Nuno Santos a visita em tempo de campanha eleitoral (e criticou Luís Montenegro).
“Outros escondem-se, não vêm aqui apoiar o seu partido. Falo de Luís Montenegro que não vem à Madeira porque tem vergonha do PSD aqui na Madeira”, acrescentou, lembrando as suspeitas que recaem sobre os social-democratas.
Alterando o foco para o Governo central, Pedro Nuno Santos voltou a admitir que “nem tudo está bem” e são precisas mudanças “com humildade e empatia”. Até porque as soluções “não estão na direita”, com um PSD contagiado “pelo radicalismo liberal e populista”.
“Há coisas que fizemos e que têm de continuar, mas há coisas que têm de mudar. Nós queremos fazer de novo, queremos fazer diferente, e é assim que nos apresentámos sempre. A mudança foi sempre feita pelos socialistas e continuará a ser feita pelos socialistas, orgulhosos pelo que atingimos, mas com vontade de fazermos mais”, acrescentou.