Sociedade

Serviços de saúde privados e sociais emitem 36.500 baixas médicas em três meses

Global Imagens (arquivo)

Desde março que os clínicos destes serviços podem passar baixas médicas. Ainda assim, a maioria dos doentes continua a ir ao centro de saúde

Os médicos dos cuidados de saúde privados e sociais emitiram 36.500 certificados de incapacidade temporária para o trabalho em apenas três meses. Desde março que os clínicos destes serviços podem passar baixas médicas, mas os números mostram que a maioria dos doentes continua a ir ao centro de saúde.

O anterior Governo aprovou em dezembro uma legislação que permite aos médicos dos serviços de saúde privados e sociais passar baixas, uma medida que servia para reduzir a pressão sobre os médicos de família, mas os doentes continuam a preferir os centros de saúde.

O Jornal de Notícias escreve, esta segunda-feira, que entre março e maio, os médicos emitiram quase um milhão de baixas, dos quais 36.500 foram passadas em serviços de saúde do setor privado ou social. Entre estas, 5800 saíram de serviços de urgência. Contas feitas, as baixas médicas emitidas no setor privado e social representaram apenas 3,7% do total registado, desde que entraram em vigor as novas regras.

O governo do Partido Socialista aprovou, em dezembro do ano passado, uma legislação que alargou os serviços competentes para passar baixas e que, na prática, permite que os doentes não sejam vistos obrigatoriamente por um médico de família para obterem um certificado de incapacidade temporária para o trabalho. 

Ainda assim, os números revelados pelo JN e divulgados pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde indicam que grande parte dos utentes prefere marcar uma consulta no centro de saúde para obter a baixa. No total, cerca de 780 mil certificados de incapacidade temporária para o trabalho saíram dos centros de saúde.

David Alvito