Veja os golos. A equipa leonina abriu uma vantagem de dois golos, mas Aursnes, assistido por Di María, reduziu.
Uma partida que podia ser um episódio de um programa de vida selvagem. O leão entrou em modo predador e encurralou a presa, a águia. Quando parecia que o destino estava traçado, a águia abriu as asas e voou, num golpe que surpreendeu o leão. Com isto tudo, o objetivo é contar a história da vitória do Sporting sobre o Benfica por 2-1, na primeira mão da meia-final da Taça de Portugal.
A primeira parte foi toda dos leões, com Pedro Gonçalves, assistido por Hjulmand, a fazer o único golo nesse período. As águias pareciam ter aparecido melhor no segundo tempo, mas Gyökeres, num contra-ataque, ampliou a vantagem. No aparente controlo, mesmo sem bola, do Sporting, Aursnes conseguiu reduzir o marcador, após um grande cruzamento de Di María.
O jogo começou animado, principalmente pelos ataques rápidos da equipa leonina. Aos oito minutos Gyökeres pediu penálti num lance com João Neves, mas o árbitro não acedeu ao pedido.
No lance seguinte, Morten Hjulmand cruzou da direita e Pedro Gonçalves, ao segundo poste, cabeceou para o fundo das redes defendidas por Trubin. Marcador aberto bem cedo em Alvalade.
Depois do golo, o Benfica tentou subir e ter mais bola, mas a sensação que a partida dava era que o Sporting continuava a controlar as operações. Foi assim até ao final, com o Sporting muito mais perto de dobrar a vantagem do que o Benfica de empatar, com um lance de Edwards cortado por João Neves a ser o expoente máximo do que acontecia em Alvalade.
Ao intervalo, Roger Schmidt lançou Morato para o lado esquerdo da defesa para a saída de Bah. Aursnes foi para a lateral direita.
No segundo minuto do tempo regulamentar, os ataques rápidos dos leões voltaram a fazer estragos. Morita, Pedro Gonçalves e Gyökeres combinaram e a bola chegou aos pés de Edwards que caiu na área. O árbitro assinalou grande penalidade, mas o lance foi revertido por fora de jogo.
O Benfica esboçou uma espécie de domínio da partida, mas sofreu com o suspeito do costume. Novo ataque rápido dos leões, Geny Catamo fez um passe de trivela para a profundidade, Gyökeres tirou Otamendi do lance e, na cara de Trubin, fez o 2-0.
A reação benfiquista aconteceu mesmo ao minuto 68. Ángel Di María, pela esquerda, tirou um cruzamento perfeito para o interior da área leonina, onde Aursnes, na zona do ponta de lança, não vacilou e reduziu a desvantagem.
E a reação foi num ápice. Quatro minutos depois, o mesmo Di María combinou com Kökçü na esquerda e, dentro da área, rematou de bico para o fundo das redes de Franco Israel. Contudo, depois de ser chamado pelo VAR e ter visto as imagens, anulou o lance por fora de jogo, visto que Tengstedt passou à frente de Israel no momento do remate.
Em período de compensação, a equipa de arbitragem cometeu aquilo que poderia ser muito bem um "crime futebolístico", mas teve de ser. Na sequência de um livre lateral, a bola sobrou para Nuno Santos que, todo no ar, rematou certeiro para um golaço. Contudo, foi assinalado fora de jogo que estragou a festa leonina e o imaginário de todos aqueles que amam o futebol (e, quem sabe, quem escolhe os golos a concurso do prémio Puskas).
A partida terminou logo a seguir, com a vitória do Sporting pela margem mínima. Os leões ficam em vantagem no intervalo da eliminatória que vai decidir um dos finalistas que vão estar no Jamor no final da época.
Onze do Sporting: Israel, Quaresma, Coates, Diomande, Geny, Hjulmand, Morita, Matheus Reis, Edwards, Pedro Gonçalves e Gyökeres.
Onze do Benfica: Trubin, Bah, António Silva, Otamendi, Aursnes, João Neves, João Mário, Kökçü, Di María, Neres e Rafa.
Suplentes do Sporting: Antonio Adán, Ricardo Esgaio, Iván Fresneda, Luís Neto, Jeremiah St. Juste, Nuno Santos, Daniel Bragança, Koba Koindredi, Paulinho
Suplentes do Benfica: Samuel Soares, Tomás Araújo, Morato, Álvaro Carreras, Florentino Luís, Tiago Gouveia, Arthur Cabral, Casper Tengstedt, Marcos Leonardo