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Israel anuncia morte de comandante do Hamas que liderou ataque a 7 de outubro

O número de mortos na Faixa de Gaza, maioritariamente mulheres e crianças, aumentou para 40.786 desde o início da guerra Omar Al-Qattaa/AFP

Trata-se de Wadiya, "o terrorista que bebeu uma Coca-Cola dentro da casa da família Taasa, diante dos filhos de Gil Taasa, que sobreviveram após os milicianos terem assassinado o seu pai a 7 de outubro", diz exército israelita

O exército israelita afirmou esta terça-feira ter matado um alto responsável do Hamas que liderou o assalto à comunidade de Netiv Ha'asara, durante os ataques do grupo islamita e outras fações palestinianas realizados a 7 de outubro em Israel.

"Numa operação conjunta do exército e dos serviços de informação interno (Shin Bet), a força aérea atacou um complexo onde operavam militantes do Hamas na Cidade de Gaza", anunciaram os militares num comunicado.

Na operação, oito militantes do batalhão Daraj Tuffah do Hamas morreram, incluindo o comandante Ahmed Fauzi Naser Muhamad Wadiya. Segundo os militares israelitas, Wadiya participou na invasão da comunidade de Netiv Ha'asara -- localizada próxima da fronteira norte de Gaza -, na qual entrou através de parapente e liderou o ataque a 7 de outubro.

"Wadiya é o terrorista que bebeu uma Coca-Cola dentro da casa da família Taasa, diante dos filhos de Gil Taasa, que sobreviveram após os milicianos terem assassinado o seu pai a 7 de outubro", referiu o comunicado militar. O exército estava a referir-se a um vídeo em que Wadiya aparece a beber Coca-Cola junto ao frigorífico da família, logo após ter assassinado o pai dos menores, que estavam em casa no momento do ataque.

O bombardeamento ocorreu nas imediações do hospital Al-Ahli, na capital de Gaza, no norte, e um dos centros mais importantes da zona, embora o exército israelita tenha insistido que o ataque não afetou a clínica. Além disso, os militares de Israel indicaram que no ataque mataram outro miliciano de alto escalão.

"Antes do ataque, foram tomadas várias medidas para mitigar o risco de ferir civis", acrescentou o exército, utilizando uma frase que utiliza regularmente quando ataca locais protegidos pelo direito internacional humanitário, como escolas ou hospitais.

Segundo a agência de notícias palestiniana Wafa, a cidade de Gaza sofreu essa noite um bombardeamento a sul do bairro de Zeitoun, no sudeste, que atingiu uma casa de família. Até ao momento, os meios de comunicação palestinianos não deram detalhes sobre o ataque próximo ao hospital Al-Ahli.

O número de mortos na Faixa de Gaza, maioritariamente mulheres e crianças, aumentou para 40.786 desde o início da guerra, além de 94.224 feridos, segundo o Governo do enclave, liderado pelo Hamas.

TSF/Lusa