O primeiro-ministro lembra ainda que a direita “não mexeu uma palha” pelo PRR e agora quer executar o programa.
Para um último impulso, António Costa voltou a juntar-se a Pedro Nuno Santos, de cachecol verde, a cor da esperança, e assume que “tem esperança até ao fim” numa vitória do PS. No último almoço da campanha eleitoral, o primeiro-ministro desmontou as propostas da Aliança Democrática e deixou avisos aos portugueses.
António Costa admite que “não está tudo bem” e nenhum socialista “estará descansado” enquanto, por exemplo, o Serviço Nacional de Saúde “não estiver de boa saúde”, mas defendeu que o progresso só se faz com a vitória do PS a 10 de março.
“Vamos entregar a execução do PRR a quem, desde a primeira hora, começou por não acreditar que o PRR era possível? Não mexeu uma palha para defender em Bruxelas a emissão de dívida e levou dois anos a falar mal do PRR. Agora são eles que vão conseguir executar o PRR ou são eles que, se chagassem ao Governo, iam embrulhar a execução do PRR?”, questionou.
E defende que só o PS está “em boas condições” para executar a bazuca de Bruxelas, desde logo, Pedro Nuno Santos que foi uma peça chave, de acordo com o primeiro-ministro, para a elaboração do programa.
No discurso, deixou ainda dois alertas: nota que a direita quer adiar o aumento do salário médio e o choque fiscal que prometem, “acaba sempre num enorme aumento de impostos”. Para Costa, trata-se apenas de um “bónus para as grandes empresas”.
“Este choque fiscal, das duas uma: ou é uma mentira, ou é um rombo nas contas públicas, ou está escondido com outros aumentos de impostos ou é um pré-aviso de novo corte na despesa. E corte na despesa, com a direita, significa cortar salários e cortar pensões”, avisou.