"Esse debate terá de ser feito e o Bloco cá estará para fazer", garantiu a coordenadora nacional do partido.
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, aproveitou os últimos momentos da campanha eleitoral para as legislativas para apelar ao voto no partido, mas não deixou de abordar mais um tema que acredita ser importante discutir na próxima legislatura.
"Que não se deixe esquecer este debate sobre o jornalismo. Vai se abrir uma legislatura e este debate tem de ser feito. Sobre a transparência da propriedade dos meios de comunicação social, sobre as formas de apoio, sustentabilidade e sobrevivência dos meios de comunicação social locais e nacionais. E, em nome da democracia, em nome do jornalismo livre, não vamos esquecer. Esse debate terá de ser feito e o Bloco cá estará para fazer", disse a coordenadora bloquista no jantar comício em Lisboa, que encerra a campanha do BE.
Mariana Mortágua defendeu que o voto no BE é a certeza "que no domingo a direita será derrotada" e pediu que as pessoas não decidam por medo, pelo mal menor ou por cheques em branco.
"Se nos pedem que repitamos cheques em branco do passado, se nos pedem que votemos por medo, que fechemos os olhes para votar eu quero responder aqui e agora: que ninguém feche os olhos, que ninguém vote por medo, olhos bem abertos. Decidimos e votamos. Votamos e decidimos. Por nós", apelou Mariana Mortágua.
Pedindo que não se vote nas eleições de domingo "por ressentimento nem pelo mal menor", a coordenadora bloquista insistiu no apelo ao voto em que as pessoas confiam para que seja possível "construir um país melhor".
"O voto no Bloco de Esquerda, na estrela com cabeça, é a certeza de que precisamos para festejar no domingo, é a certeza que precisamos para saber que no domingo a direita será derrotada e estamos a discutir como é que avançamos", defendeu.
Num jantar onde os antecessores na liderança do BE, Francisco Louçã e Catarina Martins estão na mesa da frente, Mortágua afirmou que os votos no BE em vários distritos serão "a garantia que a esquerda lá estará representada no parlamento".
"E que essa esquerda servirá para uma maioria e que essa maioria servirá para dar casa, para baixar o preço da casa, para que o salário pague a casa, para dar às mulheres a igualdade que merecem porque lutam e porque saem à rua", prometeu.