A afirmação surge pouco depois de o Exército israelita ter anunciado o bombardeamento de uma escola no campo de refugiados de Jabalia, no norte do enclave palestiniano
O Exército israelita anunciou esta quinta-feira que está a tentar confirmar se o líder do movimento islamita Hamas, Yahya Sinouar, foi morto durante uma operação na Faixa de Gaza.
"Durante as operações do Exército na Faixa de Gaza, três terroristas foram eliminados", declarou o Exército em comunicado.
As forças israelitas estão a "verificar a possibilidade de um dos terroristas ser Yahya Sinouar", e "nesta fase, as identidades dos terroristas não podem ser confirmadas", acrescentou o comunicado.
O anúncio surge pouco depois de o Exército ter anunciado o bombardeamento de uma escola no campo de refugiados de Jabalia, no norte do enclave, alegadamente utilizada como "centro de comando e controlo" dos movimentos islamitas Jihad Islâmica e Hamas, num ataque que fez pelo menos 28 mortos e 150 feridos, segundo o gabinete de imprensa do governo do Hamas.
O líder do Hamas em Gaza assumiu igualmente as rédeas do gabinete político do grupo islamita a 6 de agosto, após o assassinato de Ismail Haniyeh em Teerão, num atentado atribuído a Israel.
Sinuoar, que passou 22 anos numa prisão israelita até ser libertado em 2011, durante a troca de mais de mil prisioneiros palestinianos pelo soldado israelita Gilad Shalit, detido em Gaza, foi descrito por aqueles que o interrogaram como uma pessoa "extremamente inteligente".
Desde o início da guerra em Gaza, há mais de um ano, o seu paradeiro é praticamente desconhecido para Israel, que previu que o líder do Hamas estaria nos túneis, perto de alguns dos cem reféns ainda detidos no enclave como proteção.
Nascido em Khan Yunis, um bastião do apoio palestiniano à organização Irmandade Muçulmana, Sinouar foi detido pela primeira vez por Israel em 1982, com 19 anos, por "atividades islâmicas", altura em que ganhou a confiança do fundador do Hamas, o xeque Ahmed Yassin.
Dois anos depois da fundação do Hamas, em 1987, Sinwar criou a temida divisão de segurança interna do grupo, a al-Majd, guardiã da "moral islâmica" e que atuava contra qualquer suspeito de colaborar com Israel.