Política

Marcelo vê Costa em "futuras encruzilhadas por Portugal". Na despedida, trocaram elogios

Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa Rita Chantre/Global Imagens

O último Conselho de Ministros do Governo liderado por António Costa foi presidido pelo chefe de Estado.

O ainda primeiro-ministro, António Costa, e o presidente da República trocaram esta segunda-feira elogios no último Conselho de Ministros do Governo socialista, destacando a "solidariedade institucional" alcançada pelos dois. Para Marcelo Rebelo de Sousa, ambos ainda vão encontrar-se "nas encruzilhadas do serviço a Portugal".

Após agradecer ao chefe de Estado por presidir o último Conselho de Ministros do Governo, António Costa começou por anunciar que foi feita "uma avaliação da fase de execução do PPR, tendo aprovado na generalidade três diplomas indispensáveis".

"Segunda matéria, está relacionada com a investigação científica. Aprovamos um projeto de proposta de lei sobre um novo regime de carreiras nas instituições de Ensino Superior Públicas e um regime de pessoal docente e de investigação em estabelecimentos de Ensino Superior privados", prosseguiu.

Na reunião de Conselhos de Ministros ficou ainda aprovado um mecenato na área da cultura, uma reforma de propriedade rústica e uma estratégia nacional para inclusão das pessoas em situação de sem-abrigo.

A intervenção de António Costa ficou finalizada com o briefing da reunião, tendo Marcelo Rebelo de Sousa retomado a palavra a elogiar "uma prática que espera que se mantenha como tradição".

"Não é um sistema fácil e exige uma solidariedade institucional", destacou o Presidente da República, sublinhando um "relacionamento diário" com o primeiro-ministro nos últimos oito anos.

"Houve sempre acordo? Não, mas houve sempre um bom relacionamento e, mais do que isso, uma solidariedade institucional. Às vezes tornou-se até uma solidariedade nacional", reiterou.

Marcelo Rebelo de Sousa considerou ainda "importante" estar presente no Conselho de Ministros, já que procurou mostrar "que é mais do que um gesto protocolar" e permitiu, disse, um "clima de estabilidade quando o mundo não está estável".

"Senhor primeiro-ministro, não quer isto dizer que seja a última vez que nos encontramos nestas encruzilhadas do serviço a Portugal. É a última vez que estamos nestas circunstâncias no exercício destas funções. O mundo e a vida não acaba hoje, estamos vivos e não há motivo para não nos encontrarmos noutras encruzilhadas", concluiu.

Notícia atualizada às 14h47

Maria Ramos Santos