Política

PSD Madeira não exclui possibilidade de "reconstituir a aliança que tinha feito"

Guilherme Silva Helder Santos/Aspress/Global Imagens (arquivo)

Em declarações à TSF, Guilherme Silva afirma que Miguel Albuquerque será um bom candidato e que não é o facto de ser arguido num processo que vai afetar o resultado eleitoral. 

O antigo vice-presidente da Assembleia da República Guilherme Silva admitiu esta quinta-feira que o PSD/Madeira poderá fazer um acordo de Governo com o CDS, caso vençam as eleições de 26 de maio.

“Foi assumido que iríamos testar isolados, quer no PSD quer no CDS a sua valia eleitoral, mas que isso não impedia que, pós-eleições, pudesse reconstituir a aliança que tinha feito e estava a funcionar no Governo da região”, disse Guilherme Silva, em declarações à TSF

“Com o PAN poderá não ser um necessário uma acordo parlamentar”, acrescentou. 

O antigo vice-presidente da Assembleia da República defendeu ainda que Miguel Albuquerque será um bom candidato e que não é o facto de ser arguido num processo que vai afetar o resultado eleitoral. 

“É preciso perceber que a constituição de arguido não é uma ideia de gravidade em qualquer indicação criminal e é um direito que se confere para as pessoas se poderem defender”, sublinhou Guilherme Silva, considerando que “não podemos entrar num sistema em que há uma judicialização excessiva da política”. 

“Começa a dar a ideia que pode haver aqui uma interferência do judiciário na vida democrática e constitucional do país”, concluiu. 

O Governo Regional da Madeira está em gestão desde o início de fevereiro, depois de o presidente do executivo, o social-democrata Miguel Albuquerque, ter pedido a demissão do cargo após ter sido constituído arguido no âmbito de um processo em que são investigadas suspeitas de corrupção no arquipélago.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decidiu esta quarta-feira dissolver o parlamento da Madeira e convocar eleições antecipadas para 26 de maio, uma decisão anunciada após o Conselho de Estado e as audiências aos partidos.

Leonor Ferreira