Política

"Situação catastrófica." Associação dos Oficiais das Forças Armadas vai pedir reunião urgente a Nuno Melo

Arquivo Global Imagens

A associação não tem "grandes ilusões, nem grandes expectativas" quanto ao novo executivo, considerando que as políticas dos socialistas e dos sociais-democratas para a Defesa são as mesmas.

A Associação dos Oficiais das Forças Armadas (AOFA) vai pedir uma reunião urgente ao novo ministro da Defesa, Nuno Melo, perante uma situação que consideram "absolutamente catastrófica". Os militares querem salários equiparados aos das forças de segurança, nos próximos meses e, se isso não acontecer, admitem sair à rua em protesto.

Em declarações à TSF, o presidente da AOFA, António Mota, disse não ter "grandes ilusões, nem grandes expectativas" para as políticas do novo executivo, até porque "tivemos oito anos seguidos de um Governo socialista em que, enfim, as políticas foram as mesmas", disse.

"Sabemos que o PS e o PSD têm para a defesa, historicamente, as mesmas políticas e que nos trouxeram ao ponto em que estamos. Toda a gente sabe que as Forças Armadas estão numa situação absolutamente catastrófica", acrescentou.

Entre promessas por cumprir e reivindicações, António Mota considerou ainda que a questão das remunerações deve estar na lista de prioridades de Nuno Melo, não excluindo a possibilidade de as Forças Armadas saírem à rua. 

"Esperemos que sejam cumpridas as promessas às forças e serviços de seguranças. Se isso vier a acontecer, o diferencial remuneratório entre as forças e serviços de segurança e as forças armadas passa a ser o passa a ser praticamente um ordenado mínimo. É absolutamente intolerável", disse.

"Nós naturalmente temos que sair a terreiro para defender os direitos e expectativas dos militares das Forças Armadas. Isso que isso ninguém tenha dúvida", concluiu.

O pedido da reunião com o novo ministro da Defesa vai ser feito logo após a posse do Governo, marcada para a próxima terça-feira.

Fátima Valente