Sociedade

“Se Ana Paula Martins continuar provavelmente a situação no SNS vai agravar-se ainda mais”

Gerardo Santos/Global Imagens (arquivo)

Depois da sondagem da Pitagórica para TSF-JN-TVI-CNN, também a presidente da Federação Nacional dos Médicos também deu nota negativa à ministra da Saúde. No Fórum TSF, Joana Bordalo e Sá insiste na necessidade de atrair mais médicos para o Serviço Nacional de Saúde

Os inquiridos da sondagem da Pitagórica para TSF-JN-TVI-CNN Portugal dão nota negativa a Ana Paula Martins e o tema subiu a debate, esta quarta-feira, no Fórum TSF. A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) concorda com os resultados daquele estudo de opinião e diz que, “se a ministra da Saúde continuar à frente do Ministério, provavelmente o Serviço Nacional de Saúde (SNS) ainda vai agravar mais”.

“Não nos surpreende nada este resultado”, afirma a presidente da Fnam, Joana Bordalo e Sá, sublinhando que a crise na Saúde não vai ficar resolvida com “linhas telefónicas e com transferências para o setor privado”.

Pelo contrário, “só vamos lá se conseguirmos garantir mais recursos humanos”, acrescenta.

“A senhora ministra não tem a competência devida para estar à frente do Ministério da Saúde e resolver, acima de tudo, o problema da Saúde da população. (...) Aliás, se continuar à frente deste Ministério, provavelmente, o SNS ainda vai agravar mais.”

Também a dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Guadalupe Simões, considera que o resultado da sondagem “não é nada anormal”, nomeadamente se tivermos em conta as promessas eleitorais do Governo da AD. 

“Naturalmente que a senhora ministra da Saúde também se pôs a jeito quando assumiu estes prazos e estas datas para a resolução de problemas”, atira.

"O setor da Saúde enfrenta um problema gravíssimo, que nenhum Governo quer resolver e que qualquer português entende."

Já o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, também ouvido no Fórum TSF, refere que ainda é cedo para fazer avaliações, preferindo focar-se nos aspetos positivos.

“Apesar de tudo, houve alguma continuidade nas políticas, que é uma questão importante. Eu acho que é preciso levarmos as reformas a bom porto para percebermos, de facto, o que elas valem”, acrescenta.

Manuel Acácio