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Zelensky pede a aliados que reajam de forma "decisiva" contra a Rússia após ataques noturnos com mais de 400 drones

"A Rússia deve ser responsabilizada", afirma Zelensky Stringer/EPA (arquivo)

O Presidente ucraniano sublinha que se Moscovo não for pressionado, a guerra terá mais tempo “para ceifar vidas”

O Presidente ucraniano pediu esta sexta-feira aos seus aliados que reajam "de maneira decisiva" contra a Rússia face aos novos ataques noturnos russos em toda a Ucrânia com mais de 400 drones e 40 mísseis.

"A Rússia deve ser responsabilizada. Desde os primeiros minutos desta guerra, bombardearam cidades e vilas para destruir vidas", afirmou o Volodymyr Zelensky nas redes sociais.

Fizemos muito em conjunto para permitir que a Ucrânia se defendesse. Mas, agora é momento exato em que os Estados Unidos, a Europa e todos, em todo o mundo, podem em conjunto travar esta guerra pressionando a Rússia.

Zelensky sublinhou que se a Rússia não for pressionada, a guerra terá mais tempo “para ceifar vidas”. “Isso é cumplicidade e responsabilização. Precisamos de agir de maneira decisiva.”

"O ataque noturno da Rússia contra civis demonstra mais uma vez que a pressão internacional sobre Moscovo deve ser aumentada o mais rapidamente possível", afirmou também o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andrii Sybiga, num comunicado nas redes sociais.

O Presidente ucraniano referiu ainda que “a Rússia não muda de atitude” e que realizou “mais um ataque massivo contra as cidades e a vida quotidiana” da Ucrânia.

Atacaram quase toda a Ucrânia – as regiões de Volyn, Lviv, Ternopil, Kiev, Sumi, Poltava, Khmelnytskyi, Cherkasy e Chernihiv. Alguns mísseis e drones foram abatidos. Agradeço aos nossos combatentes pela sua defesa. Mas, infelizmente, nem todos foram intercetados”, declarou.

Segundo o líder ucraniano, no total, mais de 400 drones e mais de 40 mísseis – incluindo mísseis balísticos – foram utilizados no ataque desta sexta-feira. Pelo menos 49 pessoas ficaram feridas nos ataques russos da noite passada em solo ucraniano.

“Até ao momento, foram confirmadas três mortes – todas eram funcionários do Serviço de Emergência Estatal da Ucrânia. As minhas sinceras condolências às suas famílias. Todos os serviços necessários estão no terreno, removendo os escombros e realizando operações de resgate. Todos os danos serão definitivamente reparados”, referiu o Presidente ucraniano.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, numa nova fase da guerra que começou em 2014 com a anexação russa da península ucraniana da Crimeia.

Lusa