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Líbano adia início do ano escolar para novembro devido a conflito com Israel

O Hezbollah e Israel têm trocado ataques através da fronteira com o Líbano quase diariamente João Relvas/Lusa

O Governo libanês afirma que "não quer e não pode assumir a responsabilidade pelo perigo que ameaça" os alunos e os professores

O ministro libanês da Educação anunciou este domingo que 1,25 milhões de crianças, desde o infantário ao liceu, vão iniciar o novo ano escolar apenas no dia 4 de novembro, devido à guerra entre Israel e o Hezbollah.

"O Ministério não quer e não pode assumir a responsabilidade pelo perigo que ameaça" os alunos e os professores, "razão pela qual o novo ano letivo terá início em 4 de novembro" e não em outubro, declarou Abbas al-Halabi, numa conferência de imprensa.

Já este domingo o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, apelou para que o mundo "pressione Israel" a "comprometer-se com um cessar-fogo", após uma noite de intensos bombardeamentos israelitas nos subúrbios do sul de Beirute, um reduto do Hezbollah.

O Hezbollah e Israel têm trocado ataques através da fronteira com o Líbano quase diariamente desde o dia seguinte ao ataque transfronteiriço do Hamas, em 7 de outubro de 2023, que matou 1200 israelitas e fez 250 reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao grupo islamita palestiniano e desde então, de acordo com as autoridades controladas pelo Hamas, já matou mais de 41 mil civis palestinianos, mais de metade dos quais eram mulheres e crianças, bem como cerca de duas mil pessoas no Líbano, a maioria desde 23 de setembro.

Lusa