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Vídeo de ministro israelita a criticar Espanha é "escandaloso e execrável"

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, José Manuel Albares, em conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana, Mohammad Mustafa Simon Wohlfahrt / AFP

O governante espanhol viu o vídeo antes de viajar para Bruxelas

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha classificou este domingo como "escandaloso e execrável" uma montagem em vídeo divulgado pelo homólogo israelita com imagens do atentado de 07 de outubro misturadas com duas pessoas a dançar flamenco.

"Eu vi o vídeo, ainda antes de viajar para Bruxelas [...], é escandaloso e execrável. Todo o planeta sabe, incluindo o meu colega israelita que nós condenámos o Hamas e as suas ações", disse José Manuel Albares, em conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana, Mohammad Mustafa, em Bruxelas (Bélgica).

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Noruega, Espen Barth Eide, acredita que não há outro caminho para chegar à paz nesta parte do mundo.

"Tanto os países que reconheceram como os que ainda não o fizeram concordam que a solução passa por um Estado da Palestina. Teremos de garantir que a autoridade palestiniana tem condições para controlar a Cisjordânia e Jerusalém oriental. Tem de sobreviver, de ser fortalecida, melhorar a capacidade de prestar serviços, reformar-se e traçar planos para um futuro regresso a Gaza", defendeu Espen Barth Eide.

A estes apoios europeus, o primeiro-ministro da autoridade palestiniana, Muhammad Mustafa, agradeceu sobretudo a coragem, desafiou outros países como Portugal a seguirem por aqui e fez uma breve apresentação das prioridades para o novo Estado.

"Precisamos imediatamente de um cessar-fogo e, enquanto Governo, temos de estar preparados para tomar conta do nosso povo, mal o possamos fazer, para prestarmos ajuda humanitária, reconstruir serviços, reerguer as instituições palestinianas em Gaza e reintegrá-las nas que temos na Cisjordânia. Nessa altura poderemos dar os primeiros passos para a recuperação da economia e, esperamos, dar melhores condições de vida ao nosso povo", acrescentou Muhammad Mustafa.

Notícia atualizada às 15h19

TSF/Lusa