Volodymyr Zelensky deverá seguir para Portugal após a deslocação a Bruxelas, onde assinará um “acordo bilateral de segurança”
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assina, esta terça-feira, “um acordo bilateral” com o Reino da Bélgica, no encontro com o primeiro-ministro Alexander De Croo, antes da deslocação que tem prevista a Portugal.
Ao que a TSF apurou, o documento que será assinado no encontro com o chefe do Governo, que terá lugar em Bruxelas, trata-se de “um acordo bilateral de segurança”. O acordo terá as suas características próprias, segundo o perfil de apoio que poderá ser prestado pelo Estado belga. Os detalhes sobre o apoio bilateral, que será formalizado com o Reino da Bélgica, não foram divulgados.
Antes de viajar para Bruxelas, Volodymyr Zelensky esteve na capital espanhola, onde assinou um documento com o presidente do governo de Madrid, Pedro Sanchez, também para ajuda bilateral à Ucrânia, num montante que ascende aos 1100 milhões de euros, em ajuda militar ao longo deste ano.
Após a deslocação a Bruxelas, Volodymyr Zelensky deverá seguir para Portugal, onde também está prevista a assinatura de um acordo com o governo português. Segundo noticiado esta segunda-feira, o acordo com Portugal dará uma estrutura ao apoio à Ucrânia ao longo dos “próximos 10 anos”.
De acordo com o ministro português dos Negócios Estrangeiros, a visita tem “duas finalidades principais”: por um lado, estabelecer “um quadro de relacionamento bilateral sistematizado” e também “agradecer o apoio de Portugal à Ucrânia”.
“A Ucrânia quer agradecer o esforço que Portugal tem feito, e que nós sabemos que é bastante grande, ao longo destes dois anos, de total solidariedade com a situação do país e, designadamente, com a necessidade de restabelecer a soberania e integridade territorial da Ucrânia”, afirmou Paulo Rangel à margem de um Conselho de Negócios Estrangeiros em Bruxelas.
“O acordo político entre Portugal e a Ucrânia abrange diversas áreas de cooperação, como assistência humanitária, financeira, militar e política”, detalhou o ministro, precisando que este acordo “foi concluído há três semanas”.
“Tem um horizonte de dez anos, foi acelerado para ser assinado amanhã [terça-feira], durante a visita, destacando a solidariedade de Portugal com a Ucrânia e o esforço para restabelecer a soberania e integridade territorial da Ucrânia”, acrescentou Rangel.
“O acordo entre Portugal e a Ucrânia já estava pronto, com negociações concluídas no último mês e meio, aceleradas para a visita do presidente”, especificou o ministro, dizendo que este acordo “visa sistematizar todo o apoio dado até agora (...) proporciona um quadro estável e de negociação bilateral”.
Questionado sobre a dimensão financeira do acordo, tendo em conta que Madrid anunciou um apoio extra de 1,1 mil milhões de euros, o ministro português disse que no caso de Portugal “não é facilmente quantificável”, dado o “grande número” de rubricas e a sua extensão no tempo.